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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Extra: Restrição de crédito imobiliário da Caixa já emperra novos negócios

— É um balde de água fria. E não faz sentido eles (a Caixa) alegarem isso (incentivar a compra de imóveis novos), não é muito transparente. É uma decisão incoerente em meio a uma crise, e quando é muito difícil um comprador chegar para comprar a casa com 50% do dinheiro na mão

Os candidatos a mutuários que solicitaram financiamentos imobiliários à Caixa Econômica Federal até a semana passada — quando o limite dos empréstimos ainda era de até 70% do valor do imóvel usado — e não cumpriram todas as exigências do banco poderão ter os empréstimos negados. Na última segunda-feira, a instituição reduziu o limite de crédito a 50%. Com isso, os compradores, agora, terão que bancar 50% da entrada. Mas se um processo — mesmo antigo — tiver pendências ainda não resolvidas, o interessado será afetado pela nova restrição. Em alguns casos, o negócio terá até que ser desfeito.

O banco informou que vai honrar somente os processos com pedido de crédito de até 70% que estavam em andamento antes do dia 25 e que já constavam do sistema como totalmente regularizados. Em uma imobiliária da Zona Norte, dois negócios foram desfeitos no dia que a restrição passou valer.

— Tenho duas vendas que não vou poder concretizar porque dependem de financiamento com percentual acima de 50% do valor do apartamento e que já foram reprovadas. A alternativa agora é buscar bancos privados. Há casos em que comprador e vendedor já acertaram até o pagamento da entrada. A restrição veio no momento que o mercado estava ensaiando uma recuperação — observa Gustavo Araújo, gerente de negócios da corretora APSA.

Para especialistas em mercado imobiliário, a restrição de crédito na Caixa será um entrave à recuperação do setor. Segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), a venda de usados corresponde a 75% do volume de negócios. O presidente da associação, Claudio Hermolin, observa que a classe média baixa será a mais prejudicada nesse movimento de restrição ao crédito.

— Os compradores de imóveis de alto padrão, normalmente, têm mais poupança e conseguem dar uma entrada maior. As classes menos abastadas têm menos dinheiro guardado e menos recursos disponíveis. Ele vai ser o mais penalizado —disse Claudio Hermolin, presidente da Ademi.

Balde de água fria
A Caixa justificou a medida alegando que a norma seria instituída para estimular a venda de imóveis novos já que, segundo o banco, os estoques das construtoras e incorporadoras estão altos. O Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio), no entanto, acredita que a mudança será mais um entrave.

— É um balde de água fria. E não faz sentido eles (a Caixa) alegarem isso (incentivar a compra de imóveis novos), não é muito transparente. É uma decisão incoerente em meio a uma crise, e quando é muito difícil um comprador chegar para comprar a casa com 50% do dinheiro na mão — alerta Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio.

Na opinião do advogado especialista em direito imobiliário e vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/SP, Marcelo Tapai, a medida pode, por outro lado, impedir que compradores de imóveis na planta concluam o seu negócio, pois em muitos casos precisam vender a casa onde moram para complementar o pagamento do imóvel novo.

— Quem vende um imóvel usado para comprar um na planta pode não conseguir concluir o novo negócio — disse Marcelo Tapai, vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/SP —analisa Tapai.

A Caixa informou, por meio de nota, que as medidas passam a valer para novos pedidos de financiamento e que "as propostas em andamento terão as condições mantidas".

No mês passado, o banco já havia anunciado corte no limite de crédito imobiliário para todas as modalidades. A medida atingiu financiamentos do Minha Casa Minha Vida, Pró-Cotista FGTS e SBPE. Além do corte de 70% para 60% no teto do financiamento para imóveis novos, houve ainda queda no limite para bens novos, de 90% para 80%.

(Jornal Extra - Notícias - Economia - 27/09/2017)

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16 comentários:

  1. Na LOA 2018, o orçamento para o exercício se normaliza e a caixa volta a aumentar o limite de financiamento.

    Além do orçamento previsto para 2018, a captação da poupança e o saldo do FGTS devem aumentar em relação ao atual.

    Enquanto isso, quem não quiser esperar, pode recorrer a outros bancos.

    O reflexo imediato no mercado será a diminuição de alguns negócios que estavam em andamento, afetando desta forma o IVV mensal... Nada que provoque queda generalizada nos preços como esperam alguns.

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    1. Amigo, o mercado ñ é o q deseja. O q está aumentando é a retomada da CEF por falta de pagamento. Enqto os salários da população brasileira ñ subir, será impossível viabilizar uma aquisição e retomada do setor. As construtoras qdo terminar o estoque, vai fazer novos lançamentos, vai ter q baixar o preço, consequentemente os usados vai cair o valor. Hj o mercado está com dificuldade de vender até o minha casa minha vida no valor do teto. O q vende hj é com preço abaixo de 199 mil. Essa crise imobiliária vai se estender por um bom período, a inflação vai normalizar tudo isso a longo prazo!

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    2. Só uma perguntinha: vender pra quem?
      Sem mais perguntas.

      Sr Corvo passa fome. Vc não caiu na real? Agora quem está sendo presos são os tubarões, depois virão os gerentes, engenheiros, construtoras...
      A galera tá com o cu na mão, acabou a laranjada fi.
      Aquela fase de construir 800 apartamentos e enfiar na Caixa as porcarias e receber dinheiro limpinho já era.
      Eu acho que os caras que dão a canetada autorizando esses empreendimentos Supervalorizados passou junto com a boa fase.
      Quem vendeu vendeu.
      Quem ganhou dinheiro farto, nunca mais terá uma fase igual a essa.
      Lucro agora será de 20 , 30% no máximo.
      Acabou a farra de ganhar 500%

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    3. Amigo, acabou a Laranjada kkkkkkkkk
      Peguei o comentário do Lucas

      Abraço meu amigo, é por uma boa causa.

      OPERAÇÃO ANEL DE GIGES
      1) Minhca CASA Minha Corrupção

      PF mira filhos de Jucá em operação que investiga desvios no Minha Casa Por Murillo Camarotto, André Guilherme Vieira e Fabio Murakawa | Valor BRASÍLIA – A Polícia Federal (PF) executa nesta quinta-feira operações de condução coercitiva e busca e apreensão em endereços ligados ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) em Boa Vista, Brasília e Belo Horizonte

      http://www.valor.com.br/politica/5136844/pf-mira-filhos-de-juca-em-operacao-que-investiga-desvios-no-minha-casa

      2) O ‘Minha Fazenda Minha Vida’ de Jucá
      ANTAGONISTA

      Em 2015, a repórter Josie Jeronimo publicou na IstoÉ a pista do esquema de Romero Jucá, desbaratado hoje pela Operação Anel de Giges.
      Ela denunciou que a Caixa havia desembolsado R$ 4 milhões para adquirir parte do terreno da Fazenda Recreio, da família de Jucá. Quase três vezes o valor de mercado.

      A Caixa não soube explicar por que escolheu a propriedade para abrigar um empreendimento do Minha Casa Minha Vida.
      O imóvel fica em local ermo, sem transporte, escolas ou postos de saúde por perto. Pertencia a Jucá até 1997, quando ele transferiu a propriedade a um casal de filhos e a dois enteados.

      Matérias publicadas em sites locais indicaram que Jucá atuou junto a Dilma, à Caixa e ao Ministério das Cidades para bombar o projeto.
      A prefeita Teresa Surita, ex-mulher de Jucá, providenciou a implantação de iluminação pública, além do asfaltamento da rua principal e outros serviços.
      Quem construiu as casas, aliás, foi a empreiteira CMT Engenharia, doadora de Jucá, que recebeu quase R$ 180 milhões para a obra, segundo a reportagem.

      3) ANEL DE GIGES
      Desplein, aquele assunto de boteco
      http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/platao—o-mito-do-anel-de-giges/13766

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  2. isso é ótimo pro comprador, os proprietário tem que baixar muito os preços pro comprador poder dar 50% de entrada .

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  3. No final das contas, para a maior parte das pessoas, o que vai definir se a pessoa vai preferir comprar ou morar de aluguel, não é se o imóvel está caro ou barato, e sim o valor da prestação em relação ao aluguel e o valor do sinal para financiamento.

    O valor do aluguel está caindo em algumas cidades e a CEF está tomando medidas de restrição de credito...

    Enquanto a situação for essa, os preços vão continuar estagnados ou caindo...

    Mas basta a relação prestação/aluguel diminuir e o limite para financiamento aumentar, que o povo volta a comprar, independente do valor do metro quadrado...

    Isso eu falei em relação a comprar para moradia... Para comprar para investir, ainda vai levar uns bons anos para se tornar interessante novamente

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    1. Para investir precisará de mais de uma década para valer a pena. Para morar, o brasileiro precisará de muitos anos para juntar um pouquinho para a entrada. A galera está sem emprego, sem dinheiro e devendo horrores.

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  4. Impacto no primeiro momento: o mercado de usados fica inerte e o de novos têm um pequeno reajuste visto que quem estava em processo de compra vai recorrer aos novos.

    Impacto no segundo momento: pequena redução de preços no mercado de usados o que consequentemente impacta reduzindo os preços dos novos também.

    Impacto no terceiro momento: no mercado de usados os preços continuam reduzindo, mas a redução vai ficando menor no mercado de novos à medida que o estoque diminui.

    Impacto no quarto momento: Com estoque reduzido e sem novos lançamentos, aumenta novamente a procura por usados o que gera reajuste nos valores à medida que a Caixa libera mais crédito para este nicho e a taxa de juros fica na mínima histórica.

    Impacto no quinto momento: Construtoras começam lentamente a lançar novos empreendimentos com valores reajustados e um novo ciclo recomeça.

    O momento 5 não irá se iniciar antes de 2020

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    1. Muito bem colocada sua observação.
      Vai iniciar lá por 2020... 2023 para começar algum tipo de reajuste, afinal de contas a inflação tem que corroera muito para ajustar naturalmente os preços dos imóveis.
      Porém aqueles apartamentos de 70m2 que estão pedindo 700.000 vai demorar uns 30 anos sem reajuste até a inflação deixar no valor real, 200.000

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    2. Impacto no primeiro momento vai durar somente dois dias, o segundo momento vai durar pelo menos uns seis anos, o terceiro momento mais uns cinco, o quarto mais uns 10, o quinto momento talvez chegará daqui uns 20 anos

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  5. A Caixa não soube explicar por que escolheu a propriedade para abrigar um empreendimento do Minha Casa Minha Vida.

    Como assim a Caixa não sabia?

    Mesma coisa a Dona Receita Federal não sabia das movimentações bilionárias no Cashhhhhh?

    Como assim, Receita federal?

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  6. O ideal seria termos imóveis para todos aos preços de 2011, no máximo.

    Só que não é possível prever se isso ocorrerá, muito menos quando ocorrerá.

    Por enquanto, as pessoas precisam morar.

    Há algumas alternativas: cohabitar com parentes e/ou amigos, alugar ou ter a casa própria.

    Até aqui, na fase áurea do capital vadio, era perfeitamente possível acreditar em rendimentos reais (descontada a inflação), praticamente sem risco (Tesouro Direto, CDB e LCA), de 6 ou até 8% ao ano, livre de impostos.

    A situação agora é totalmente diferente.
    Quem conseguir 4% a a , livre de impostos e fora a inflação, pode se dar por feliz.

    Comprar imóvel tornou-se um sonho distante.
    Qualquer apartamenteco mais ou menos bem localizado e com mínima segurança e infra-estrutura não sai por menos de 300.000

    E para financiar, o peão vai ter que juntar, antes, no mínimo 150.000.

    Ok, temos os bancos privados (seguro obrigatório e taxas inicias mais caras...)

    Para mais gente , a "saída" será adiar a compra e continuar alugando.

    Vejo momento menos desfavorável para os locadores.
    Vejo momento menos favorável para os potenciais locatários.

    E vejo também certa dificuldade para quem está juntando o dinheirinho para a compra da casa própria, pois o que tem guardado não renderá tanto e o aluguel vai comer...

    Em tempo: só aqui no Brasil ainda temos 4%aa sem apertar um parafuso. No Japão, para guardar o dinheirinho, é juro negativo. O povo paga pra guardar dinheiro.

    Momento de refletir e repensar o ideário.

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    1. Exato. Só o Brasil paga taxas tão absurdas. Uma taxa de 2% acima da inflação seria o suficiente para reaquecer a economia... Uma taxa acima deste percentual desestimula novos negócios e esfria a economia.

      Infelizmente, os preços dos imóveis descolaram muito da inflação nos últimos 10 anos. O setor vai se recuperar e as pessoas voltarão a comprar, mas antes ainda precisa queimar mais um pouco de gordura (só não sei se vai ser de forma rápida com redução de preços, ou de forma lenta sendo corroído pela inflação).

      Onde moro, o mercado está parado mas mesmo assim os preços pouco reduziram, pois a resistência é grande em "realizar prejuízo"...

      Às vezes acho que mesmo com o valor absurdo dos imóveis, se houver liberação de crédito e selic abaixo de 7%, as pessoas voltam a comprar... Afinal, para a maior parte dos brasileiros o preço não importa, e sim se a parcela cabe no bolso.

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  7. Percebo já uma queda acentuada no valor dos usados no RJ, mas fica sempre aquela dúvida: é a hora de comprar ou esperar que ainda cai mais um pouco? Como está o mercado? Estagnado? Corro o risco de "perder" aquele que vi e, já minimamente cabe no meu orçamento, ou devo esperar que ele ainda derrete mais um pouco? Oh, dúvida cruel. O preço vai estagnar, voltar a subir ou despencar mais um pouquinho? Me ajudem!

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    1. Não pense em comprar, a não ser que não tenha dó do seu bolso. Aproveitem a fartura de aluguel e os preços em conta.

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    2. Não faça essa besteira filho.
      Digamos que vc pague 600.00 de aluguel por mês.
      Para comprar um muquifo de 40 m2 vx vai precisar de no mínimo 80.000 para dar de entrada e financiar os outros 80.000 q será uma parcela de uns 1.400/mês.

      Deu para entender? Ou quer que eu somo?

      Tenhodito e repito, brasileiro não sabe somar... aí fica difícil.

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