“Temos ciência que vamos fechar o ano no vermelho, até porque fim de ano nunca foi bom para nosso setor"
Os canteiros de obras no Grande ABC ficaram mais vazios em outubro, pelo
fato de, pelo terceiro mês seguido, os cortes superarem a abertura de vagas no
setor da região. No entanto, a retomada de construções públicas tem dado fôlego
extra ao segmento e, embora tenham estimulado tímido volume de contratações até
o momento, a expectativa é de geração de postos de trabalho nos próximos meses.
Por esse motivo, São Bernardo e Rio Grande da Serra foram os únicos
municípios que tiveram saldos positivos no emprego da construção civil em
outubro – 25 e nove postos, respectivamente. Obras como os corredores de ônibus
Alvarenga e João Firmino, Terminal Alves Dias e o estacionamento da Prefeitura
são-bernardense têm aquecido o setor. E a retomada de construções como o
Piscinão do Paço e demais intervenções do Projeto Drenar devem estimular a
abertura de mais vagas.
A Prefeitura de Santo André também anunciou que vai investir,
até o fim de 2019, R$ 230 milhões em moradias do Minha Casa, Minha Vida. A
notícia é vista com bons olhos pela diretora adjunta do SindusCon-SP (Sindicato
das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo) na região, Rosana Carnevalli.
Ela aponta que a falta de aportes do programa federal implicou diretamente na
estagnação e recessão do setor. “Mesmo assim, a iniciativa ainda foi o que
segurou esses trabalhadores que se mantiveram empregados, senão a situação
teria sido pior”, destaca. “E é o que deve empregar mais gente no setor pelos
próximos meses.”
Em novembro, o governo anunciou o Projeto Avançar, que deverá injetar, até
o fim de 2018, R$ 130,97 bilhões em 7.439 projetos, inclusive no setor de
Habitação e nas ações do Minha Casa, Minha Vida.
Cenário
Hoje, conforme dados do SindusCon-SP, há 40.243 profissionais empregados
no ramo no Grande ABC – 3.850 operários a menos do que um ano atrás.
Em outubro, Mauá e Ribeirão Pires foram as duas cidades da região que mais
demitiram. “No caso de Mauá (70 cortes), a explicação é a sazonalidade do
setor, pois há algumas obras públicas e privadas em andamento, porém, outras
acabaram e, dessa forma, os profissionais foram dispensados. A construção é um
setor muito dinâmico e, às vezes, de um mês a outro pode haver fortes
oscilações”, explica Mauro Coelho, diretor social da regional do Sintracon-SP
em Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
“Já em Ribeirão Pires (38 demissões) há muitas obras paradas, como escolas
e UBS (Unidade Básica de Saúde). Além disso, o município tem grande área de
manancial (onde a construção é vetada para preservar a mata nativa). Em
contrapartida, o segmento moveleiro avançou muito na cidade. As pessoas não
compraram imóveis, mas mudaram os móveis.”
As crises econômica e política, as restrições de crédito por parte dos
bancos e a insegurança dos investidores privados e governamentais, que têm
represado seus aportes, contribuem fortemente para o cenário. “Temos ciência
que vamos fechar o ano no vermelho, até porque fim de ano nunca foi bom para
nosso setor. As pessoas investem seus abonos em viagens, na troca de veículos,
em gastos com a moradia e não na substituição dela”, diz Rosana.
Mesmo com o cenário atual, a previsão para 2018 é otimista. “Esperamos que
o contingente de funcionários no segmento, assim como um todo, tenha
crescimento próximo de 2%, porque deve acompanhar a previsão do PIB (Produto
Interno Bruto, toda a riqueza produzida pelo País). A única ressalva é a de que
a construção civil demora mais para reagir”, reforça a diretora do
SindusCon-SP.
(Diário do Grande ABC - Notícia - 16/12/2017)
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Para trabalhar nesse setor de construção civil tem que ser 171?
ResponderExcluirBando de mentirosos.
Fiquem com seus tijolos de ouro.
Matéria estranha.... incentivando a compra ???
ResponderExcluirO preço ta bolhudo ate no mcmv...
Estranho... estranho... meu caro Washington...kkkkk