A suspensão do crédito imobiliário na linha pró-cotista pode retardar ainda mais recuperação do setor da construção civil, que anda a passos de tartaruga
A Caixa suspendeu, por tempo indeterminado, o financiamento de imóveis
usados pela linha pró-cotista, destinada especialmente à classe média. O
motivo, conforme o banco, é a escassez de recursos orçamentários. E quem vai
sofrer as consequências é o consumidor.
Com a interrupção no fornecimento do crédito – o segundo mais barato do
banco, perdendo apenas para o ‘Minha Casa, Minha Vida’ –, quem for investir na
casa própria deverá recorrer à linha SBPE. O problema são os juros. Em tempos
de vacas magras, será necessário desembolsar mais dinheiro para realizar o
sonho da casa própria. A renda mínima para ter o financiamento aprovado também
aumenta.
Conforme fonte ligada ao banco, que não quis se identificar, os contratos
assinados até 13 de julho terão o recurso liberado. Os demais estão suspensos.
A Caixa confirma a interrupção, mas oficialmente não estipula data para
atender aos contratos. “A Caixa Econômica Federal informa que houve a suspensão
da modalidade Pró-cotista - Imóveis Usados em razão do cumprimento do orçamento
disponibilizado para a referida linha. A modalidade Pró-Cotista Imóvel Novo
continua funcionando normalmente”, diz a nota da instituição bancária.
Nas alturas
A diferença no valor final do imóvel aumenta significativamente.Antes da
suspensão, era possível financiar a casa própria na linha pró-cotista com taxa
máxima de 9,01% ao ano (índice que poderia sofrer variações para baixo,
dependendo do nível de relacionamento do cliente com o banco).
Isso significa que ao final de um financiamento de R$ 300 mil, com prazo
de 360 meses, o equivalente a 30 anos, o consumidor arcaria com parcelas de R$
3.085. No fim do processo, ele teria desembolsado R$ 1,1 milhão, conforme
levantamento realizado pelo presidente da Associação dos Mutuários de Minas
Gerais (AMMMG), Sílvio Saldanha.
O montante é R$ 135 mil menor do que os R$ 1,25 milhão que seria pago à
Caixa se o consumidor optasse pelo SBPE. Neste caso, foram considerados um
período de R$ 360 meses, com parcelas de R$ 3.460 e juros de 10,50% ao ano.
Renda
E se o valor do imóvel fica maior, a renda mínima necessária para ter o
empréstimo aprovado acompanha. Para financiar os R$ 300 mil junto à pró-cotista,
o cliente precisaria comprovar rendimentos mensais de R$ 10,4 mil. No SBPE,
porém, a renda deve ser de R$ 11,8 mil.
Em tempos de crise econômica e desemprego em alta, o incremento na renda é
tarefa árdua. “A linha pró-cotista tem taxa menor porque contempla aqueles
consumidores que têm Fundo de Garantia ativo há pelo menos três anos. É uma
linha destinada ao trabalhador. Quem deseja comprar um imóvel será muito
prejudicado”, lamenta o presidente da AMMMG.
Escassez de recursos pode atrasar a recuperação do setor
A suspensão do crédito imobiliário na linha pró-cotista pode retardar
ainda mais recuperação do setor da construção civil, que anda a passos de
tartaruga.
“Nós precisamos de crédito. Precisamos estimular as vendas e a geração de
empregos na construção civil. E fazemos tudo isso por meio dos financiamentos”,
afirma o diretor de políticas e relações trabalhistas do Sindicato da Indústria
da Construção Civil, Ricardo Catão.
Ele explica que cortar uma linha de financiamento destinado aos imóveis
usados pode desestabilizar todo o setor. O motivo é simples. Muitas pessoas
vendem o apartamento usado para comprar um novo. “O setor pode ficar empacado”,
rechaça.
O presidente da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do
Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), Kênio Pereira, espera que a Caixa retome o
financiamento no curto prazo. “É um dos produtos mais usados do banco, o
mercado imobiliário precisa dessa linha de crédito”, comenta.
Mercado de engenharia sofre
O mercado da engenharia civil também pode sofrer grande impacto
negativo.“Embora o leque de atuação do profissional de engenharia seja vasto, o
país hoje vem passando por um momento político-econômico complicado. Esse
momento tem impacto direto nos investimentos e, consequentemente, no mercado da
construção”, diz o engenheiro civil Sérgio Oliveira.
O também engenheiro civil Michel Mofacto concorda. Ele acredita que
somente nos próximos anos haverá uma recuperação. “A expectativa é que, a
partir de 2020, ocorra um crescimento em todos os setores, o que irá gerar
grande demanda por profissionais qualificados na construção civil. O
profissional que está chegando no mercado agora verá esse processo crescer no
ritmo da recuperação econômica do país”, completa.
(Portal Hoje em Dia - Primeiro Plano - 03/08/2018)
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Ontem falavam que sobrava dinheiro pra emprestar, hoje a realidade real de quem quer emprestar, e da recuperação tartaruga, mas deixa pra lá.
ResponderExcluirVamos ver se eu entendi essa notiça:
A partir de agora Precisa renda de mais de 12 mil reais, menos de 10% da população ganha isso, para financiar um imovel de 300 mil reais (99% dos anuncios tem valor acima disto em qualquer site) que é pequeno, usado, velho e longe (nas capitais pelo menos é assim), onde que vc vai arcar com parcelas de quase 4 mil reais por 360 meses, SENDO que existem imóveis novinhos RECEM ENTREGUES, encalhados de mesmo valor de tabela (ou mais) sendo oferecido por 1,500 reais de aluguel ou até menos se houver negociação com proprietário necessitado.
E ainda acreditam no futuro da nação, que todos estes absurdos vão se ajustar em 2020.
Vou assistir sentado ao espetaculo da recuperação
tá sobrando ou tá faltando?????
Excluir______________
"segunda-feira, 30 de julho de 2018
Estadão: Com crise, bancos têm 'sobra' de R$ 100 bilhões para crédito imobiliário"
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"A Caixa suspendeu, por tempo indeterminado, o financiamento de imóveis usados pela linha pró-cotista, destinada especialmente à classe média. O motivo, conforme o banco, é a escassez de recursos orçamentários"...
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Em 2011 eu vendi meu apartamento de 40 m2 por 180.000 e aluguei um bolhudo mais próximo do trabalho e maior. Pagando apenas 600,00.
ResponderExcluirHoje, com o que ganhei de rendimentos posso me aposentar e não está nos meus planos comprar nada tão cedo.
Só ando de UBER e aluguel barato.
Viajo bastante e deixa eles com seus bolhudos bilionários kkkkkk
O fim dessa "Jabuticabrasil" chegou.... saída é cumbica...
ResponderExcluirO General Hamilton Mourão disse que nesse país de cultura Ibérica existiam pessoas indolentes e malandras. O mesmo foi acusado de racismo. Brasileiro é tudo "gente boa" um ajuda o outro. Vou continuar trabalhando 12 horas por dia pra comprar meu apertamento na promoção antes que ele suba de preço. Viva o Brasil ! 7 a 1 !!!
ResponderExcluir12:10 você tem razão!!!Quem sabe agora aparece algo mais em conta para comprar,acho que quem quer vender deverdade vai ter que baixar o preço.
ResponderExcluircomo já disseram antes aqui, os corvos já caíram na realidade, num adianta mais mentir que a comissão dos tempos bolhudos num vem nem que a vaca tussa, melhor falar a verdade e pressionar os milhões de anunciantes a baixar o preço.
ResponderExcluirQuem vem aqui falar aborinha são os próprios inbestidores, desespero total, vendo o patrimônio minguar, querem ganhar no grito.
Eles ainda tem a mídia paga, jornalistas prostitutas, panfleto de farol e muito mais que milhão de anuncios no somatório de sites pagos para capilarizar suas idéias sem correr o risco do contraditório, grande defeito de blogs como esse, onde não se consegue controlar a informação.
Moro em um imóvel que comprei em 2008. Quero vender e comprar um maior, iterando com o FGTS. Mas o mercado está parado. Os preços altos, falta de crédito, desemprego e juros altos travaram tudo. O maluco está prevendo melhora em 2020. Será que ele tem bola de cristal?
ResponderExcluirmelhora na economia até talvez pode ser, segundo especialistas, economistas, uma pá de gente estudada acha isso, sinceramente eu ando desconfiado dessas previsões, eles vem falando ano que vem melhora desde 2012, até agora nada.
ExcluirAgora outra coisa bem diferente é a inflação de imóveis, ao qual inbestidores e corvos chamam pelo eufemismo de valorização, isso aí são outros quinhentos.
Mesmo que a economia melhore, volte a construir mais, vender mais, isto não significa que preços vão subir, que vão acompanhar a inflaçao ou o juros real. Realmente isto aconteceu na época da euforia do PT, quando o BR inchou, vendiam inflação como se fosse prosperidade.
Não acho que exista espaço pra isto denovo, exceto se o presidiário ganhar a eleição.