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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vendas de imóveis caíram 45% nos últimos três meses

O pessimismo visto nos últimos meses entre investidores e analistas quanto ao desempenho do mercado imobiliário foi atestado com a divulgação dos dados operacionais das principais construtoras do país, traçando um cenário de forte queda de vendas e lançamentos e, consequentemente, menor receita no segundo trimestre deste ano.

Das seis companhias que representam o setor no Ibovespa, cinco que apresentaram números preliminares registraram queda nas vendas contratadas.

Se considerados os dados divulgados por PDG Realty, Cyrela Brazil Realty, Gafisa, Rossi Residencial e MRV Engenharia, as vendas entre abril e junho caíram 45%. Os lançamentos, por sua vez, foram ainda menores, com retração de 80,3%, refletindo a tendência vista desde o início do ano, quando as empresas passaram a priorizar a venda de estoques e a normalização das operações antes de ofertarem novas unidades, apesar do ambiente econômico favorável, com juros baixos e disponibilidade de crédito.

Segundo o analista René Brandt, da Fator Corretora. "O segundo trimestre para o setor como um todo não vem bom", acrescentou, citando margens e rentabilidade afetadas por atraso de obras e maiores custos, entre outros fatores.

Também com viés cauteloso e no aguardo do balanço consolidado para "ter uma visão melhor da atual situação das companhias", o analista Guilherme Rocha, do Credit Suisse. "O setor imobiliário está claramente enfrentando um período difícil, sinalizado novamente pelos recentes resultados operacionais divulgados", disse. Reuters

(Brasil Econômico - EMPRESAS - 20/07/2012 - Pág. 22)

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7 comentários:

  1. As vendas podem até ter caído, mas ainda não houve redução dos valores dos imóveis ofertados, pelo menos na zona norte, tanto novos quanto usados. Mesmo no caso do aumento do prazo para financiamento ainda tá difícil comprar, a Copa e as Olímpiadas não são para o resto da vida, então essa justificativa para o aumento considero inválida, totalmente fora da realidade, presenciei um caso de um imóvel usado que sofreu um aumento de 100 mil em uma semana, inviabilizando a compra.
    Marco

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    1. Sua percepção está realmente correta. A maioria dos valores de oferta (anúncio) continuam em patamares altos, alguns inclusive com pequenos aumentos. Porém, cabe esclarecer que o próprio índice FipeZap (que pesquisa os valores anunciados) já vem apresentando queda. Além disso, esta é uma estratégia comercial, para não permitir um "efeito cascata" na queda dos preços, e funciona da seguinte forma: apesar dos preços continuarem altos, os descontos "informais" no momento da negociação já chegam a 36% (informação divulgada aqui no blog pelo link http://observadordomercado.blogspot.com.br/2011/11/estadao-construtoras-ja-trabalham-com.html). Já recebemos relatos de consumidores que conseguiram mais de 40% de desconto. Ou seja, "oficialmente", o mercado continua aquecido, porém, no momento do fechamento, os preços vêm sendo reduzidos drasticamente. Outro ponto a ser lembrado é que um imóvel fechado custa, em média, 1% do seu valor de mercado por mês. Muitos irão resistir, mas, no final, valerá a famosa lei de mercado, pois um imóvel fechado ou "disponível" (seja para venda ou aluguel) durante muito tempo, gera desvalorização.

      Agradecemos pela contribuição, e continue nos acompanhando.

      Um abraço,

      Observador

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  2. Entaun... ando a procura de um imóvel a preço razoavel a tempos...e nada até agora. Em sao paulo nem pensar... Busco em Fortaleza, CE e por lá nada tb.... Em Fortaleza vi imóveis novos com uma grossa e densa poeira no piso...sinal que está a venda por anos a fio. Pois o prédio já está lá a quase 8 anos e um condominio de 500 reais por mês!!! E a construtora ta nem ai...

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  3. Bolha! Que Bolha? Se eu tivesse ficado de braços cruzados esperando por estouro de bolha para comprar meu apto, a unica bolha que teria estourado seria a bolha que daria nos meus braços cruzados! Tinha eu um apto de 2 qtos e passei para um de 3 qts, ou seja, quem tem também vende e compra, isso significa que alem do deficit imobiliário, tem um grande publico proprietário que troca de imovel. Parem com isso! O mercado dita o preço e o preço é para quem não fica de braços cruzados. Não espere! Seu bolha!

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    1. Xiiii! Pelo nível de nervosismo, e pelo tamanho da bobagem que falou (Bolha! Que Bolha?), é mais um corretor desesperado, tentando se passar por um comprador comum... adianta não, acreditando ou não, a bolha já estourou.

      Ah, quanto à falácia do "déficit habitacional", vale lembrar que os dados do último Censo IBGE de 2010 comprovaram que o número de imóveis vazios supera o déficit habitacional. Os dados estão disponíveis no link http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2010/12/13/numero-de-casas-vazias-supera-deficit-habitacional-do-pais-indica-censo-2010

      Valeu pela tentativa (frustrada)!

      Fábio Martins

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  4. Aqui em Pernambuco os preços dos imóveis estão altíssimos. Eu e meu marido estamos procurando um imóvel para financiar a mais de 01 ano e nada...um roubo...Um apartamento que vale R$ 100 mil está custando 300...Como um país que tem uma renda per capita de aprox. R$ 2.000 pode arcar com isso. Estou revoltada..Jamais irei passar 30 anos da minha vida pagando uma merdinha do minha casa minha vida de 40 metros quadrados...Isso é um absurdo...
    Mas tenho paciência pra esperar a queda nos preços...Se já chegou em SP e RJ, logo chegará aqui em Recife!

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  5. É realmente os preços estão bem superestimado aqui em São Paulo e lógico puxando as demais localidades. Quanto a queda nas vendas de imóveis é lógico que as imobiliárias resistem em admitir... oque iria ocasionar um efeito cascata.. dá para entender. Sei que muitos imóveis estão sendo comercializados bem abaixo do preço como já falado, atingindo reduções de até 40%. Neste sentido que quer comprar e tem dinheiro a vista leva vantagem, faz o preço e espera os vendedores se desesperarem com as despesas do imóvel parado (condomínio , IPTU etc)

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