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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Estouro da bolha: Números em queda e discurso contraditório


A sensação é de desaquecimento no mercado imobiliário, principalmente depois do boom registrado entre 2010 e 2011. É o que aponta pesquisa realizada pela Geoimovel, em parceria com a Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG).

Com base em estudos realizados em outras capitais brasileiras, que apontaram queda no volume de lançamentos, o diretor técnico da Geoimovel, Marcelo Molari, ressalta os dados de Belo Horizonte. A capital mineira, além de retração no número de lançamentos, apresentou queda de 20% no valor geral de venda (VGV) no ano passado em relação a 2012. A situação percebida em BH só não é pior do que em Boa Vista, onde nenhum lançamento foi registrado no período de 2012/2013, e em Curitiba (onde houve queda de 45%) e em Salvador (queda de 41%). Isso significa que Curitiba e Salvador precisariam ficar três anos sem lançar um único imóvel para tentar vender todos os seus estoques.

Discurso contraditório
Para o presidente da CMI/Secovi-MG, Evandro Negrão de Lima Júnior, a relativa "estabilidade" na absorção dos lançamentos, de 2012 em diante, indica um equilíbrio no mercado e afasta as especulações de bolha. De acordo com ele, o setor não sofre com os impactos da instabilidade econômica

Ao mesmo tempo, Evandro Negrão de Lima Júnior se contradiz ao afirmar: "O nosso mercado não vai bem se o país for mal. Se temos crédito, juros e emprego pleno, o setor funciona e não temos motivos para não sermos otimistas", comenta. As análises, segundo ele, apontam momento de "estabilização" no mercado. "Agora ele não cresce 15% todo ano, ele cresce num ritmo menor, mas sustentável", reforça.

A arquiteta Cláudia Bocchile, da Geoimovel, que também participou da elaboração do estudo, explica que desde 2010 Belo Horizonte tem mais estoque residual de imóveis a ser trabalhado, principalmente em unidades que estão perto de ser entregues. "Geralmente, nos anos anteriores os estoques eram de 5% a 15%, que são valores normais, mas agora, com mercado menor, acaba sendo um percentual significativo", pondera.

(Estado de Minas - Belo Horizonte/MG - Economia - 07/02/2014)

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