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quinta-feira, 27 de março de 2014

Especialista confirma bolha e diz que BC respondeu à "pergunta errada"

Parte importante dos números divulgados ontem pelo Banco Central (BC) - e também pela Caixa Econômica Federal (CEF) -, o crédito direcionado ao setor imobiliário está na origem do que o economista Adolfo Sachsida define como uma bolha no setor. Para ele, a explosão dos incentivos para a compra de imóveis foi o que elevou os preços de toda a cadeia do setor, um ciclo que se encerrará em 2015, com o aumento dos juros nos Estados Unidos.

"Quando o governo direciona e expande o crédito para determinado setor da economia, os custos de todo o segmento aumentam. Ao final, vai gerando mais crédito para cobrir o aumento dos custos. Quem quer comprar é obrigado a se endividar cada vez mais para ter o mesmo bem.

Projetos como o Minha Casa, Minha Vida, as obras civis do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os estádios da Copa pressionaram os custos com mão de obra e materiais, sempre em cima de dívida. É bolha, na minha opinião", resume Sachsida.

O economista, também técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi autor do estudo "Existe bolha no mercado imobiliário brasileiro", feito em parceria com o colega Mário Jorge Mendonça, em 2012. "Até 2011, o custo do financiamento imobiliário era em torno de 11% ao ano.

Atualmente, está em 7,3% mais a Taxa de Referência (TR) para imóveis até R$500 mil e um ponto percentual mais caro a partir daí. Com a volta a normalidade dos juros nos Estados Unidos, em 2015, isso não vai durar", acredita Sachsida. Para o especialista, a mudança lá fora fará a TR - atrelada ao juro interbancário e atualmente em torno de 0% - subir. "Aí as pessoas vão descobrir que o juro imobiliário varia no decorrer do contrato. Será uma surpresa desagradável que deve levar à inadimplência", conjectura.

No cenário traçado por Sachsida, os reflexos - ou a explosão da bolha - ocorrerá seis meses após a subida dos juros nos Estados Unidos. "Sendo um ano de ajustes fiscais, 2015 reserva desemprego. É mais um alfinete para estourar a bolha".

Em comunicação recente, o BC atestou a solvência do mercado financeiro em caso de crise no setor imobiliário "Responderam à pergunta errada, olharam todo o sistema sendo que a CEF concentra o financiamento de imóveis. A pergunta bilionária da vez é o que ocorrerá com ela nesse cenário", disse Sachsida, que comentou o lucro de R$6,7 bilhões da CEF ano passado. "Se o desemprego subir, isso muda. As pirâmides também dão lucro".

(Brasil Econômico - São Paulo/SP - Finanças - 27/03/204 - Pág.23)

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4 comentários:

  1. Dúvida. Por que o senhor, Observador, vem fazendo esse blog? Pura vontade de alertar a população brasileira de bom grado e coração?

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    1. Caro Leitor:

      Nosso objetivo está claramente descrito no quadrante superior direito: "Este espaço foi criado para divulgar informações e notícias sobre a Bolha Imobiliária, fato que o governo, representantes do setor, além de grande parte da mídia, vêm censurando e manipulando."

      Qualquer dúvida, estamos à disposição.

      Um abraço,

      Observador

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  2. Parece que os defensores do "milagre" do crescimento imobiliário estão ficando nocauteados...

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    1. NA VERDADE ELES JA' BEIJARAM A LONA.......

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