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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Infomoney: O escandaloso e generalizado golpe do imóvel na planta

Contribuição de um leitor anônimo

Capitaneando as reclamações, estão as maiores construtoras do país, com obras atrasadas em diversos estados, mas que de forma simplista, normalmente por meio de notas evasivas, reconhecem os problemas e dizem que pretendem resolvê-los, mas sem garantias que cumprirão os novos prazos. E assim a coisa vai

Faz seis anos que teve início o boom imobiliário no Brasil e ainda hoje uma consequência deste fenômeno prejudica centenas de famílias: o atraso de obras. No post abaixo explico porque as construtoras não conseguem entregar os imóveis na data prometida.

Atrasos, falências de construtoras e imóveis que nunca saíram do papel de um lado e compradores desesperados do outro. 

Não é um tema novo, mas continua sendo muito discutido, especialmente porque atinge diretamente milhares de pessoas, consumindo a economia de uma vida inteira e também a paz e tranquilidade das pessoas. O problema só tem aumentado e atingido compradores de todas as partes do país e todas as classes.

Apesar das diversas desculpas das empresas e entidades que as representam, dizendo que choveu muito ou que faltou mão de obra e que estão “agindo para eliminar gargalos que adiam as entregas dos imóveis”, o fato é que TODAS as pesquisas e estudos, de diversos órgão e institutos, provam o contrário. O problema cresce a cada ano e parece insolúvel.

Capitaneando as reclamações, estão as maiores construtoras do país, com obras atrasadas em diversos estados, mas que de forma simplista, normalmente por meio de notas evasivas, reconhecem os problemas e dizem que pretendem resolvê-los, mas sem garantias que cumprirão os novos prazos. E assim a coisa vai.

Mas por que se atrasa tanto, por que se desrespeita tanto os compradores sem que nada de efetivo seja feito para resolver o problema de vez? Por que é a forma mais lucrativa para as empresas.

Apesar de algumas delas dizerem que vão pagar alguma indenização aos consumidores lesados, o fato é que o valor é irrisório diante dos lucros que obtêm com as vendas, assim como sabem que o que pagarão a alguns é muito inferior ao valor global dos prejuízos causados a todos, bem como se mostra muito mais vantajoso do que se tivessem que entregar as obras nos prazos prometidos. 

Isso porque imóveis vendidos na planta são normalmente financiados com recursos externos, com empréstimos obtidos pelas incorporadoras. O mercado financeiro faz uma análise de risco dessas empresas e disponibiliza um determinado volume de empréstimos ao incorporador. No momento da venda dos imóveis, o responsável pela incorporação sabe exatamente quanto de dinheiro dispõe, quantas unidades pode prometer à venda e o prazo de construção de cada uma delas. Mas, em um mercado aquecido, opta por vender unidades sem freio, respondendo à demanda, independente de quanto conseguirão produzir.

Além disso, para ganhar da concorrência, que oferta imóveis semelhantes, passam a concorrer também em prazo de entrega, mesmo sabendo que a data não será cumprida, seja por questões técnicas ou financeiras. Daí, vendendo muito, com orçamento comprometido, precisam distribuir o dinheiro em mais unidades e, portanto, diminuir o ritmo de construção. O justo seria reajustar o prazo de entrega, mas as empresas o mantém para conseguir vender mais. Tudo absolutamente previsível.

Então acontecem os atrasos e, para colocar as obras em dia, somente com mais dinheiro, o que até conseguiriam, porém, a um custo maior devido ao risco aumentado (comprometimento da capacidade de endividamento). Entre gastar mais e cumprir prazos ou ganhar mais e atrasar, a segunda opção é a preferida da maioria.

Fazem isso de forma consciente, pois também sabem que apenas uma pequena parcela dos consumidores lesados buscarão algum ressarcimento e, mesmo pagando indenizações justas a esses 4% ou 5% de lesados que recorrem à Justiça, é melhor do que tomar mais empréstimos nos bancos. E assim a vida segue.

(Infomoney - Blogs - Direito Imobiliário em Foco - 04/06/2014)

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7 comentários:

  1. Mas o melhor empréstimo que a construtora consegue levantar é com os otários que compram na planta: Ao invés de pagar juros, eles COBRAM juros! Isso sim é um bom negócio, não?

    Por outro lado é difícil condenar moralmente as construtoras por conta disso. Se tem otário que compra na planta, tem mais é que vender a rodo mesmo e embolsar o lucro fácil. Enquanto tiver burro pra comprar na planta isso não vai acabar nunca.

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    Respostas
    1. Eu sou um super otário que comprou em 2006 e vendeu em 2011. Lucro modesto de 350 mil.
      kkkkkkkkkkkkkk
      Pena que sou otário. Queria ser ixperto como o colega acima e ter aplicado na poupança.
      Sabe como é. Ter ficado líquido.
      kkkkkkkkkkkkk

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    2. Você não é otário, Anônimo. Você é um dos que conseguiram lucra com o BOOM. Parabéns!
      Otário é quem compra na planta HOJE, conforme o artigo cita.

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    3. Voce apenas comprou e vendeu no timing correto, nada contra. Faça isso agora se puder ...

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    4. lei da oferta e procura.....
      tomate em algumas épocas compramos a 2 reais, outras a 8, amanhã a 1 real....
      vc adquiriu em 2006, quando os preços na planta era menos da metade dos prontos.
      Agora inverteu,
      combinando grande oferta de prontos e um monte de nego com a corda no pescoço, o preço na planta ficou o dobro dos prontos.
      hoje só otário para comprar com correção INCC na planta a 8 mil m2 tendo apê a menos de 4 mil na mesma região. vai receber as chaves daqui a 3 anos pagando correção de 30 %, e vai ter que vender com prejuízo de 60% ou mais.....é só ler as projeções dos jornais econômicos.......espere o pacotão da Dilma para depois das eleições para ver o tamanho no nabo na economia..

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    5. Ao @Anônimo29 de junho de 2014 20:56

      Vc fez isso UMA vez no meio do BOOM e tá se gabando? KKKKKKK mas é sardinha mesmo! Quero ver viver disso então! Vai lá e compra uns 4 logo de uma vez na planta pra vender daqui a 3 anos KKKKKKKK

      KKKKKKKKK

      KKKKK

      Cada corretor que aparece aqui KKKKKKKKK

      PS: E Ae fez o que com os 350 mil? Aplicou na poupança???? KKKKKKK ... Comprou mais 10 na planta? Ah já sei comprou uma Evoque pra você e um CrossFox pra esposa KKKKKKKKKKKKK

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  2. as coisas estão pretas também para venda de veículos, corretores e vendedores de veículos estão com a corda no pescoço.
    a Dilma prorrogou hoje a diminuição do IPI para os carros novos, por causa da grande queda das vendas, causado pela.
    diminuição do poder de compra da população, principalmente por dívidas anteriores........
    quem comprou em suaves de 30 anos, só vai voltar a comprar em 2044.....

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