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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Valor: Começou a quebradeira! Incorporadora Viver pede recuperação judicial

Cancelamentos de contratos, atrasos em projetos, queima de caixa e, mais recentemente, o efeito negativo da crise econômica na indústria de construção civil levaram a Viver a tomar medidas extremas e, desde o início de 2014, a construtora não realizou nenhum lançamento

Pressionada por dificuldades financeiras e uma pesada dívida e pela crise do setor imobiliário, na última sexta-feira, à noite, a incorporadora Viver comunicou ao mercado, em Fato Relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que ajuizou pedido de recuperação judicial na cidade de São Paulo.

A ação da Viver Incorporadora e Construtora foi feita em conjunto com algumas de suas controladas diretas e indiretas (Grupo Viver) e a decisão foi aprovada pelo conselho de administração da empresa e das demais sociedades do grupo em reuniões realizadas nos dias 13 e 15.

A Viver é a primeira incorporadora imobiliária de capital aberto a entrar com pedido de recuperação judicial, retratando as dificuldades que atravessa o setor em razão da crise econômica do país nos últimos anos. Tal cenário gerou uma forte retração nos lançamentos de imóveis devido à queda na compra de novas moradias, bem como de empreendimentos para usos comerciais.

Desde 2011
As dificuldades financeiras da construtora e incorporadora, que até o começo de 2011 se chamava Inpar, são acompanhadas há anos pelo mercado. Apesar dos esforços para reduzir custos e reequilibrar a estrutural de capital, com vistas a garantir liquidez, a situação da companhia seguiu se deteriorando.

Cancelamentos de contratos, atrasos em projetos, queima de caixa e, mais recentemente, o efeito negativo da crise econômica na indústria de construção civil levaram a Viver a tomar medidas extremas e, desde o início de 2014, a construtora não realizou nenhum lançamento.

À época, a dívida líquida corporativa estava em R$ 261,4 milhões. Somando financiamentos de projetos e o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), esse valor saltava a R$ 906,1 milhões, contra disponibilidade de R$ 25,5 milhões de caixa.

A Viver divulgou ainda resposta a pedido de esclarecimentos da CVM sobre duas ações de execução ajuizadas contra ela, ambas de execução de título extrajudicial. Uma delas do Banco Santander, referente a contrato de financiamento de empreendimento imobiliário, movida pelo banco em face da Inpar Projeto 94 SPE Ltda. e da Viver Incorporadora e Construtora, que corre na 43ª Vara Cível de São Paulo, no valor de R$ 13.461.604,65.

A outra ação de execução foi movida pela Swiss Re Corporate Solutions Brasil Seguros, na 29ª Vara Cível, ajuizada em 13 de setembro de 2016, no valor de R$ 2.446.825,96.

Na quinta-­feira à tarde, a Viver informou que tomou conhecimento de ações de execução judicial contra si no total de R$ 15 milhões, sem fornecer mais detalhes, e indicou que iria avaliar “alternativas estratégicas” para resolver essa questão.

Dois dias antes, já havia sido alvo de outra execução judicial, de garantias de Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI), que resultou na transferência de duas propriedades em Sumaré (SP) ao credor. Com isso, uma dívida de R$ 18,8 milhões foi liquidada e registrada uma baixa de R$ 18,5 milhões no ativo da construtora.

No comunicado, a incorporadora, que tem como principal acionista o fundo americano Paladin, com 31,6% e no segmento residencial, sobretudo de média e baixa renda, alegou que a ação judicial visa "garantir a continuidade operacional do Grupo Viver".

A empresa lembrou que em 2012 foi iniciado o processo de reestruturação, mas que, não obstante o sucesso desse plano, a companhia, junto com seus assessores financeiro e jurídico, “deu início a uma nova fase deste processo que abrangeria a reestruturação de dívidas, redução agressiva de suas despesas gerais e administrativas, revisão de sua estratégia de médio e longo prazo, dentre outras medidas”.

Mas, destacou no pedido feito à Justiça e no comunicado ao mercado, devido ao cenário de deterioração da economia, dificuldades em honrar compromissos com bancos e as recentes ações de execução de dívidas com credores e diversos bloqueios judiciais não restou outra alternativa à empresa a não ser o pedido de recuperação judicial.

(Valor Online - Empresas - 17/09/2016)

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10 comentários:

  1. Começou o efeito manada...
    Que comecem os jogos da Pirâmide.
    Quem dá menos?

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  2. Na verdade essa incorporadora apenas formalizou sua "dificuldade". Várias estão assim. Várias!! Acabou o oba-oba!!

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  3. Tai a realidade aos corvos de plantao:
    "Mas, destacou no pedido feito à Justiça e no comunicado ao mercado, devido ao cenário de deterioração da economia, dificuldades em honrar compromissos com bancos e as recentes ações de execução de dívidas com credores e diversos bloqueios judiciais não restou outra alternativa à empresa a não ser o pedido de recuperação judicial."
    E a primeira de muiiiiiitas.....vai veno.

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  4. Não ter dinheiro para pagar uma dívida mereca de 2.446 mil reais.
    Imagine o que faz com os demais.

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  5. Que pena a VIVER vai morrer .

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  6. Infelizmente, às vezes, precisa da morte para que haja justiça...

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  7. Não temam Temer tem à solução!😂😂😂

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    Respostas
    1. E tem mesmo.
      Tem cadeia para os petralhas iguais a você kkkkkkkk

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  8. Essa daí não era aquela construtora que não entregou uns apartamentos semi prontos em Itaquera e os sem teto invadiram? Acho que isso aconteceu na época da Copa do Mundo

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  9. Um colega de trabalho está desesperado, pois a esposa perdeu o emprego e ele não teve dinheiro para pagar a prestação do imóvel este mês.

    Quem comprou a juros absurdos fez a maior besteira da vida, como ele tem grandes chances de perder o imóvel, todo dinheiro poupado indo pelo ralo,não foi falta de aviso.

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