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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Hoje em Dia: Venda de imóveis para quem ganha até R$ 4.685 despenca

“Até junho de 2017, chegava a vender até quatro imóveis por mês. De agosto até agora, vendi só um”, afirma o construtor, que já demitiu 18 funcionários e está com um estoque de 70 imóveis

Com pouco dinheiro no bolso e obstáculos maiores para conseguir financiamento, o sonho da casa própria está mais distante para consumidores das classes média e baixa. Nem os clientes que se encaixam no programa Minha Casa, Minha Vida, que oferece subsídios, escapam da crise. Imobiliárias e construtores reclamam que esses tipos de contratos estão parados.

Segundo pesquisa da Câmara de Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), belo-horizontinos com renda até cinco salários compraram quase 15% menos no primeiro semestre, ante mesmo período do ano passado. Entre consumidores que ganham até 8,5 salários, a queda chegou a 10%. Enquanto isso, quem recebe acima de 10,5 salários mínimos manteve praticamente o mesmo nível de compra..

No geral, a venda de imóveis despencou 8,18% nos primeiros seis meses de 2017, em relação ao mesmo período do ano anterior. A retração das transações, que em todo 2016 atingiu o menor valor em seis anos, se soma às dificuldades que clientes estão enfrentando na hora de assinar, junto à Caixa Econômica Federal, financiamentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O maior problema está nas linhas 2 e 3, que contemplam imóveis com valor máximo de R$ 215 mil para pessoas com renda de até R$ 6,5 mil – menos de sete salários mínimos.

Prejuízo
O travamento nos financiamentos atinge em cheio empresários cujos negócios dependem dos programas da Caixa.

A imobiliária Deltalar, na região Norte de BH, amarga perdas semanais significativas com atrasos de financiamento de imóveis entre R$ 150 mil e 300 mil. “Não existe um banco do porte da Caixa ficar com um sistema de aprovação em processamento há mais de uma semana. É muito estranho”, diz Stefânia Leandro, sócia da Deltalar.

Questionadas pela reportagem, enquanto grandes empresas não relatam problemas com a Caixa, como é o caso da MRV, ou não se posicionam sobre o assunto – Direcional, Precon e Tenda –, as construtoras menores admitem que sofrem.

Cristiano Silveira, da Vale Construções, diz que já perdeu R$ 600 mil com o mercado ruim e a escassez de recursos. “Até junho de 2017, chegava a vender até quatro imóveis por mês. De agosto até agora, vendi só um”, afirma o construtor, que já demitiu 18 funcionários e está com um estoque de 70 imóveis.

“Estou com problemas para assinar imóveis finalizados em janeiro”, diz Gilvano Frizzera, da Mendes Azevedo. “Deixamos de empregar e fazer novos empreendimentos. Já diminuí o número de funcionários de 70, em janeiro, para 18”, lamenta.

Desde setembro, agentes e correspondentes imobiliários vêm reclamando que clientes não conseguem aprovar financiamentos e que têm sido informados extraoficialmente por gerentes da Caixa que há um contingenciamento de recursos. Porém, o banco diz que o problema é decorrente de uma readequação do sistema do Minha Casa, Minha Vida

Redução do teto de financiamento e suspensão de contratos 
Entre as medidas tomadas oficialmente nas últimas semanas, a Caixa reduziu, para imóveis usados, o teto do financiamento para 50% e ainda suspendeu os contratos com intervenientes quitantes, quando o imóvel está alienado ou hipotecado a outra instituição bancária com financiamento ativo em nome do vendedor.

Em nota, a Caixa informou que as medidas são uma maneira de “manter aquecida a indústria da construção civil do país, responsável por gerar emprego e renda em novos imóveis”. Segundo o banco, a contratação de crédito imobiliário em 2017 já está 20% superior ao mesmo período do ano passado, com mais de R$ 62 bilhões emprestados até o momento em todo o país.

O construtor Cristiano Silveira discorda dos números e reforça o travamento de financiamentos. Para ele, são poucos os estão sendo beneficiados com as medidas. “Em vez da Caixa, que é um parceiro de todos, querer ajudar o Brasil a crescer, ela está, ao meu ver, ajudando o país crescer só para alguns, para os grandes”, critica.

Segundo ele, os correspondentes imobiliários estão buscando financiamento em outros bancos por causa dos problemas recentes.

“Os correspondentes ficam logados no sistema da Caixa brigando para pegar uma verba e fechar um financiamento porque o dinheiro que estava previsto para cair para as agências não caiu”, diz Stefânia Leandro, da Deltalar.

Conjuntura
Para Bruno Xavier Barcelos Costa, diretor de Programas Habitacionais do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o problema é geral e não deve ser atribuído apenas à Caixa.

“Realmente a dificuldade de crédito existe, tanto na Caixa quanto no Fundo de Garantia ao Tempo de Serviço (FGTS), que é o gestor do programa”, diz ele.

Xavier também não vê privilégios para certas empresas, mas acredita que quem trabalha com linha de crédito que financia imóveis na planta sai na frente. “Não tem briga. Tem que ter paciência porque tem falta de crédito e de dinheiro na praça”, diz.

(Portal Hoje em Dia - Primeiro Plano - 14/10/2017)

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5 comentários:

  1. Eu já dei a senha milhões de vezes aqui e vou começar a cobrar minha assessoria. É questão do construtor saber somar sabe! 1+1=2... basta vender o metro quadrado R$1.000,00

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  2. Enquanto isso a caixa fica patrocinando (dando dinheiro) a times de futebol que nāo contribuem em nada para o desenvolvimento do país

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  3. ABAIXA O IMÓVEL 100% QUE TU VENDE JECA.

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  4. A hora e a vez dos gerentes da Caixa vai chegar... quando a Lava Jato ou a PF começar uma devassa nessas benesses aos milionários jogadores de futebol... hahaha meus amigos da Rede Escroto... Se preparem senhores diretores, gerentes, engenheiros e funcionários da caixa que liberaram dinheiro para pagar as construtoras... pagando R$150.000,00 para apartamentos de 40 m2... no MCMV... quem viver verá...
    Se vc é um gerente da Caixa, pode contratar um adevogado kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk setor de relações públicas da Caixa kkkkkkkkkkkkkkkkk se preparem marketeiros.... se preparem para pagar o dinheiro doado aos jogadores de futebol.

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  5. Falencia do Brazuka chegou....quem ganha 4 mil e rico.

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