“Até junho de 2017, chegava a vender até quatro imóveis por mês. De agosto até agora, vendi só um”, afirma o construtor, que já demitiu 18 funcionários e está com um estoque de 70 imóveis
Com pouco dinheiro no bolso e obstáculos maiores para conseguir
financiamento, o sonho da casa própria está mais distante para consumidores das
classes média e baixa. Nem os clientes que se encaixam no programa Minha Casa,
Minha Vida, que oferece subsídios, escapam da crise. Imobiliárias e
construtores reclamam que esses tipos de contratos estão parados.
Segundo pesquisa da
Câmara de Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG),
belo-horizontinos com renda até cinco salários compraram quase 15% menos no
primeiro semestre, ante mesmo período do ano passado. Entre consumidores que
ganham até 8,5 salários, a queda chegou a 10%. Enquanto isso, quem recebe acima
de 10,5 salários mínimos manteve praticamente o mesmo nível de compra..
No geral, a venda de imóveis despencou 8,18% nos primeiros seis meses de
2017, em relação ao mesmo período do ano anterior. A retração das transações,
que em todo 2016 atingiu o menor valor em seis anos, se soma às dificuldades
que clientes estão enfrentando na hora de assinar, junto à Caixa Econômica
Federal, financiamentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O maior problema está
nas linhas 2 e 3, que contemplam imóveis com valor máximo de R$ 215 mil para
pessoas com renda de até R$ 6,5 mil – menos de sete salários mínimos.
Prejuízo
O travamento nos financiamentos atinge em cheio empresários cujos negócios
dependem dos programas da Caixa.
A imobiliária Deltalar, na região Norte de BH, amarga perdas semanais
significativas com atrasos de financiamento de imóveis entre R$ 150 mil e 300
mil. “Não existe um banco do porte da Caixa ficar com um sistema de aprovação
em processamento há mais de uma semana. É muito estranho”, diz Stefânia
Leandro, sócia da Deltalar.
Questionadas pela reportagem, enquanto grandes empresas não relatam
problemas com a Caixa, como é o caso da MRV, ou não se posicionam sobre o
assunto – Direcional, Precon e Tenda –, as construtoras menores admitem que
sofrem.
Cristiano Silveira, da Vale Construções, diz que já perdeu R$ 600 mil com
o mercado ruim e a escassez de recursos. “Até junho de 2017, chegava a vender
até quatro imóveis por mês. De agosto até agora, vendi só um”, afirma o
construtor, que já demitiu 18 funcionários e está com um estoque de 70 imóveis.
“Estou com problemas para assinar imóveis finalizados em janeiro”, diz
Gilvano Frizzera, da Mendes Azevedo. “Deixamos de empregar e fazer novos
empreendimentos. Já diminuí o número de funcionários de 70, em janeiro, para
18”, lamenta.
Desde setembro, agentes e correspondentes imobiliários vêm reclamando que
clientes não conseguem aprovar financiamentos e que têm sido informados
extraoficialmente por gerentes da Caixa que há um contingenciamento de
recursos. Porém, o banco diz que o problema é decorrente de uma readequação do
sistema do Minha Casa, Minha Vida
Redução do teto de financiamento e suspensão de contratos
Entre as medidas tomadas oficialmente nas últimas semanas, a Caixa
reduziu, para imóveis usados, o teto do financiamento para 50% e ainda
suspendeu os contratos com intervenientes quitantes, quando o imóvel está
alienado ou hipotecado a outra instituição bancária com financiamento ativo em
nome do vendedor.
Em nota, a Caixa informou que as medidas são uma maneira de “manter
aquecida a indústria da construção civil do país, responsável por gerar emprego
e renda em novos imóveis”. Segundo o banco, a contratação de crédito
imobiliário em 2017 já está 20% superior ao mesmo período do ano passado, com
mais de R$ 62 bilhões emprestados até o momento em todo o país.
O construtor Cristiano Silveira discorda dos números e reforça o
travamento de financiamentos. Para ele, são poucos os estão sendo beneficiados
com as medidas. “Em vez da Caixa, que é um parceiro de todos, querer ajudar o
Brasil a crescer, ela está, ao meu ver, ajudando o país crescer só para alguns,
para os grandes”, critica.
Segundo ele, os correspondentes imobiliários estão buscando financiamento
em outros bancos por causa dos problemas recentes.
“Os correspondentes ficam logados no sistema da Caixa brigando para pegar
uma verba e fechar um financiamento porque o dinheiro que estava previsto para
cair para as agências não caiu”, diz Stefânia Leandro, da Deltalar.
Conjuntura
Para Bruno Xavier Barcelos Costa, diretor de Programas Habitacionais do
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais
(Sinduscon-MG), o problema é geral e não deve ser atribuído apenas à Caixa.
“Realmente a dificuldade de crédito existe, tanto na Caixa quanto no Fundo
de Garantia ao Tempo de Serviço (FGTS), que é o gestor do programa”, diz ele.
Xavier também não vê privilégios para certas empresas, mas acredita que
quem trabalha com linha de crédito que financia imóveis na planta sai na
frente. “Não tem briga. Tem que ter paciência porque tem falta de crédito e de
dinheiro na praça”, diz.
(Portal Hoje em Dia - Primeiro Plano - 14/10/2017)
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Eu já dei a senha milhões de vezes aqui e vou começar a cobrar minha assessoria. É questão do construtor saber somar sabe! 1+1=2... basta vender o metro quadrado R$1.000,00
ResponderExcluirEnquanto isso a caixa fica patrocinando (dando dinheiro) a times de futebol que nāo contribuem em nada para o desenvolvimento do país
ResponderExcluirABAIXA O IMÓVEL 100% QUE TU VENDE JECA.
ResponderExcluirA hora e a vez dos gerentes da Caixa vai chegar... quando a Lava Jato ou a PF começar uma devassa nessas benesses aos milionários jogadores de futebol... hahaha meus amigos da Rede Escroto... Se preparem senhores diretores, gerentes, engenheiros e funcionários da caixa que liberaram dinheiro para pagar as construtoras... pagando R$150.000,00 para apartamentos de 40 m2... no MCMV... quem viver verá...
ResponderExcluirSe vc é um gerente da Caixa, pode contratar um adevogado kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk setor de relações públicas da Caixa kkkkkkkkkkkkkkkkk se preparem marketeiros.... se preparem para pagar o dinheiro doado aos jogadores de futebol.
Falencia do Brazuka chegou....quem ganha 4 mil e rico.
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