Contribuição do leitor Eduardo Mazzini
“Quando você acaba recebendo uma unidade de volta, os descontos [para vender a outra pessoa] são de até 70%. A perda é muito grande”, exemplifica. [...] “Se não for aprovada uma lei agora, daqui alguns anos vai vir uma outra crise igual à que passou, ou pior. Passando a regra, a tendência é que a próxima crise seja menos nociva”
Para Meyer Joseph Nigri, fundador e presidente do Conselho da Tecnisa, a
regulamentação dos distratos provavelmente será aprovada ainda em fevereiro. Se
não for, o Brasil passará no futuro por uma crise “muito pior” que a deixada
para trás no fim de 2017.
“Está todo mundo muito consciente da necessidade de rever essa regra. Para
mim, tinha que acabar com a possibilidade de distrato”, disse Nigri em
entrevista ao InfoMoney. “Mas isso é difícil, porque teria que alterar o Código
de Defesa do Consumidor, e acho que não tem clima para isso”, pondera.
Segundo Nigri, os distratos são extremamente prejudiciais à Construção
Civil, pois geram desistências, revenda com descontos muito altos e, na pior
das hipóteses, atraso ou cancelamento de obras. “Quando você acaba recebendo
uma unidade de volta, os descontos [para vender a outra pessoa] são de até 70%.
A perda é muito grande”, exemplifica.
Considerando a Construção Civil a indústria mais atingida pela crise, o
executivo acredita que uma mudança nas regras para distrato seja essencial para
evitar uma crise mais catastrófica no futuro.
Ele vê os estragos no mercado imobiliário como um efeito dominó com
capacidade de gerar desemprego em níveis muito altos e aprofundar qualquer
crise econômica. “Se não for aprovada uma lei agora, daqui alguns anos vai vir
uma outra crise igual à que passou, ou pior. Passando a regra, a tendência é
que a próxima crise seja menos nociva”, diz.
O que é a regra
Promessa para uma das indústrias mais atingidas pela crise econômica
brasileira, a regulamentação dos distratos pode vir em uma MP que deve
padronizar a porcentagem retida pelas empreiteiras em casos de desistência por
parte dos compradores. Fala-se na retenção de taxa de corretagem mais mais 50%
do valor pago pelo consumidor até a data de desistência, respeitando até 10% do
valor total do contrato - ou 30%, respeitando 5% do total, em caso de imóveis
dentro dos parâmetros do Minha Casa, Minha Vida. Isso mesmo quando todas as
parcelas estiverem em dia.
Em casos de inadimplência, prevê-se retenção de 50% do total pago pelo
consumidor que não cumprir com as parcelas por mais de 6 meses e 30% em atrasos
entre 3 e 6 prestações. A lei também pretende definir uma multa padrão caso
haja atraso na entrega e o prazo para devolução dos valores já pagos pelos
consumidores.
Nigri discorda de boa parte dos pontos levantados pelos textos já
divulgados e acredita na necessidade de uma regra ainda mais estreita, com
menos brecha para a especulação e aproveitamento da queda nos preços por parte
dos consumidores. Segundo ele, a minoria das pessoas distrata porque realmente
necessita - ou seja, por motivos de saúde ou perda de emprego. Por esse motivo,
quanto mais duras fossem as regras, melhor para a indústria.
Edição: o fundador da Tecnisa entrou em contato com o InfoMoney explicando
que não acredita que a regulamentação dos distratos seja feita por meio de uma
Medida Provisória, como constava em versão anterior deste texto. A reportagem
foi editada.
(Portal Infomoney - Negócios - Grandes Empresas - Notícias - 17/01/2018)
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É fácil, é só acabar com venda na planta aí não tem risco de distrato.
ResponderExcluir"Infomoney: As construtoras viverão uma crise ainda pior se regra dos distratos não avançar, diz fundador da Tecnisa"
ResponderExcluirEsse título seria melhor.
CORVOS ADOOOOOOOOOOOOOOORAM MANIPULAR, MENTIR, ENGANAR, LUDIBRIAR, ESPERTALHAR, GANHAR, MALANDRAR...
ExcluirÉ so comprar quando estiver pronto...simples assim.Na Planta é "Imbestimento"..kkk...
ExcluirAntes era a crise, agora são os distratos kkkk têm que dar desconto de 70%??? Imóvel não valoriza sempre? ACABOU minha gente! Os preços estão pornográficos kkkk corvos, eu já construí minha casa de 3 andares, mas estou torcendo para os preços caírem pelo menos 50%. E vcs, vão virar um concreto e produzir algo para o país
ResponderExcluirProblema é deles. É só não vender na planta.
ResponderExcluirEm qual favela?
ResponderExcluirSenti cheiro de Corvo detect.
Excluir300m2 no Recreio. Apesar de ter meu imóvel próprio, não sou iludido achando q vale milhões, mas ninguém paga... Já era Corvos. Eu subi na vida graças a Deus e o trabalho. Coisa q vcs e o PT não sabem o que é. Agora acabou. Estimo q o mercado vai ficar assim por uns 10 anos. Pode crescer 15% aa q os preços vão cair!
ExcluirAcabem as vendas na planta que ninguém correrá risco, aliás risco correrá somente o trouxa que comprar imóvel com o preço absurdo que está sendo praticado...tem imóvel sobrando no mercado para vender por décadas, só não comprar amigos que um dia chegaram no preço, mas vai demorar alguns anos, tenham paciência e não joguem seu suado dinheiro no lixo
ResponderExcluirQuem compra na planta não compra imóvel. Compra uma expectativa. Eu não concordo com esse modelo de negócio, que expõe o cidadão a sério risco. O sujeito assume o compromisso sem nem sequer ter a garantia de que conseguirá financiamento quando a obra for entregue. E ainda há o risco de calote da construtora...
ResponderExcluirE mais: quem não consegue juntar, poupar nem 20, 30% do valor de um imóvel, evidentemente, não tem condições de comprar o imóvel...
De qualquer forma, a regulamentação do distrato é bem-vinda. A uma, porque alerta a todos os consumidores da gravidade, seriedade do compromisso assumido; e, a duas, porque desestimula a especulação irresponsável (uma das principais causas da crise).
O povo compra na planta exatamente pq não tem dinheiro.
ResponderExcluirE um tipo de estelionato, um querendo enganar o outro. Por esse motivo não pode ter pena quando vejo esse povo tomar em pé.
Acaba a venda na planta e pronto, só acertar a venda com a chave na mão, assim o cliente já tem certeza que vai receber o imóvel e já começa assumir a divida com o banco e assim a construtora tbm tem a sua garantia que vai receber.
ResponderExcluirQuem quiser comprar imovel na planta que seja fora do financiamento, ou seja, o banco só deve financiar imovel pronto.
QUEM COMPRA NA PLANTA É ANTA.
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