Enquanto os pleitos dos empresários seguem incertos, o presidente do Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), José Romeu Ferraz Neto, diz estimar mais um ano de retração para o PIB do setor em 2018
O tombo de 5% do PIB da construção em 2017 parece não ter surpreendido
empresários e entidades do setor. Com modelos considerados antiquados tanto
para o financiamento imobiliário quanto para repasse em obras públicas, o
segmento seguirá “correndo atrás do próprio rabo.”
Os gargalos centrais das demandas trazidas pelo mercado estão entre as 15
medidas econômicas prioritárias anunciadas em fevereiro pelo presidente Michel
Temer, que prometeu dar resolução rápida a assuntos espinhosos como a regulamentação
dos distratos na compra de imóveis e novas normas para as licitações públicas.
A capacidade do presidente de tirar esses assuntos do papel, no entanto,
segue incerta. “Este não é o primeiro presidente, nem será o último, que
promete dar atenção a esse tipo de pleito. Estou no setor há 15 anos, faço
parte de cinco comitês de discussão, e nada acontece”, contou ao DCI o fundador
da Pina Construções, Claudio Pina.
O executivo, que trabalha quase que integralmente por meio de obras
públicas, conta que a regulamentação e padronização das formas de licitação são
bastante necessárias. “A insegurança jurídica é imensa. Eu trabalho com obras
públicas em pelo menos 15 municípios entre Minas Gerais e Mato Grosso, cada um
tem uma regra.”
Futuro incerto
Enquanto os pleitos dos empresários seguem incertos, o presidente do
Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), José Romeu Ferraz Neto, diz estimar mais
um ano de retração para o PIB do setor em 2018.
“A desaceleração dos últimos dois anos ainda vai gerar impacto na
construção em 2018 devido à inércia do setor.” Outro fator que tem se mostrado
bastante adverso é a sustentabilidade do mercado, que tem recebido cada vez
menos investimento e obras públicas.
“Hoje, pouco mais de 50% da movimentação na indústria da construção está
ligada a pequenas reformas familiares. Não temos novas obras iniciando e no
ramo imobiliário ainda há estoque disponível.”
Os entraves também foram sentidos no valor adicionado ao setor, que
encolheu 1,6% no 4º trimestre de 2017, o décimo declínio consecutivo.
Para o presidente da entidade, a questão do financiamento para obra
pública é latente. “Precisamos estabelecer um PMO [Gerenciamento de Projetos de
Construção, na sigla em inglês] para elencar as necessidades de infraestrutura,
com taxas de retorno definidas pelo mercado, além de segurança jurídica nos
contratos”, opina o executivo, ressaltando também o impacto que essa queda traz
no emprego brasileiro, já que em 2017 mais 125 mil postos de trabalho foram
encerrados.
Todos do mesmo lado
Para fortalecer o discurso homogêneo do setor, a associação que representa
as grandes incorporadoras, Abrainc, fez na última semana um evento com outras
30 entidades, entre elas a Fies, a Abrasce e a Abramat, para propor a criação
de uma rede, para juntos, defenderem os interesses do setor da construção.
Segundo o presidente da Abrainc, Luiz França, essa discussão é bastante
relevante, uma vez que o setor representa 8% do PIB do País.
(Portal DCI - Serviços - 05/03/2018)
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Setor imobiliário nesse e nos próximos anos ainda vivenciara muitas falências
ResponderExcluirCom certeza
ExcluirQuando vejo um Sobradinho de míseros 125m por meio milhão, me sinto um pobre miserável.
ExcluirMas quando vejo o proprietário desse mesmo Sobradinho apavorado para saber se o inquilino pagou o aluguel no dia, pois está contando com esse dinheiro, fico feliz de estar liquido.
Resumindo, há 2 tipos de milionários, o milionário duro e o milionário sem casa.
Hahaha.
PMJ !!!
Saiu uma pesquisa, essa semana, que informa que 41% dos brasileiros, ou seja, aproximadamente 62 milhões de pessoas, estão com prestações atrasadas, boletos ou algum tipo de dívida sem pagar. Se não me engano foi o cdl que pesquisou. Aí eu pergunto: metade de uma população miserável está devedor na praça. Essa é a situação do país. Vcs acham possível alguém se interessar em comprar imóvel de centenas de milhares de reais, nos próximos 10 anos? Duvido!
ExcluirQuer saber se um imóvel está acima do preço? Verifique se o próprio dono que está vendendo teria condições de comprar pelo preço que ele pede. Se não tiver condições, é porque, obviamente, o imóvel não vale, pois nem o próprio dono dele conseguiria pagar por ele!
ExcluirÉ o que mais acontece no Brasil!
Bananistão..quem ganhou ganhou e guarde....,quem não ganhou não ganha mais...sobrou as loterias da caixa....apesar que tem tem um monte que faliu também....
ResponderExcluirBrazuela à vista antes de 2019....e os corvos somem....Quem puder vazar daqui a hora é agora.
https://www.diariodobrasil.org/banqueiro-alerta-temer-afundou-o-pais-divida-do-proximo-presidente-sera-de-100-do-pib/