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domingo, 12 de agosto de 2018

Portal Uol: Setor imobiliário do Rio está tão ruim que há oferta de imóveis sem aluguel e IPTU


Contribuição do leitor Eduardo Mazzini

"Nos prédios novos, algumas empresas chegam até a dar carência total das contas no contrato, não cobram nem o IPTU nem o aluguel", disse Marcia Fonseca, diretora da Colliers para o Rio de Janeiro, consultoria especializada em mercado imobiliário corporativo e comercial. "São prédios que ainda estão totalmente vazios e querem trazer movimento, atrair os primeiros ocupantes."

Quem procura um espaço para seu escritório ou para um consultório no Rio de Janeiro pode encontrar boas surpresas. Em uma rápida busca por sites de compra e venda de imóveis, é possível encontrar salas comerciais de 30 metros quadrados, 70 metros quadrados e até andares inteiros em prédios corporativos pedindo alugueis tão baratos quanto R$ 300, R$ 200 e, em vários deles, de graça.

É o caso extremo dos anunciantes que oferecem seus contratos com carência, isto é, o futuro inquilino ganha os primeiros meses de isenção no valor do aluguel. E essas carências podem ser bem generosas: vão de três ou quatro meses até um ou dois anos, ou seja, o período do contrato (geralmente de 12 a 30 meses) praticamente inteiro.

"Há vários casos em que isso aconteceu, principalmente nas locações comerciais, em que o volume de unidades disponíveis é bem superior ao da demanda", afirmou Giovani Oliveira, gerente de locação e vendas da imobiliária carioca Apsa.

"O proprietário faz locações fechadas com uma isenção no aluguel, e o inquilino assume apenas o pagamento dos custos fixos, que incluem o condomínio e o IPTU [Imposto Predial Territorial Urbano]", disse Oliveira.

Para imóveis que estão chegando a ficar mais de um ano vazios, é uma maneira de os proprietários, geralmente empresas e fundos de investimento, reduzirem as perdas com essas contas, pelo menos. "Imóvel parado é gasto para o dono", afirmou o gerente da Apsa.

Palco de um dos maiores booms imobiliários do país poucos anos atrás, o Rio é hoje também epicentro de um desequilíbrio econômico profundo. Com o interesse por novos investimentos e negócios locais minguando, a crise atingiu em cheio o mercado imobiliário empresarial, e o resultado são pechinchas como essas.

O centro, tradicional zona comercial da cidade, e regiões que ganharam muitos complexos empresariais nos últimos anos, como a Barra da Tijuca e o Porto Maravilha, estão entre as principais áreas onde a pratica do aluguel zero se tornou comum.

Ela é mais comum para os escritórios localizados em edifícios novos, que, recém-entregues, ainda demandam obras de acabamento de quem vier a ser o primeiro inquilino, como revestimento de pisos, instalações elétricas e sistemas de ar-condicionado, por exemplo. Quem topar assumir as obras ganha o aluguel grátis.

Edifícios mais antigos e já consolidados, porém, também têm suas ofertas. Uma consulta feita pelo UOL, por exemplo, encontrou uma sala comercial de 30 metros quadrados em um edifício no centro antigo do Rio, próximo à estação de metrô Uruguaiana, com aluguel de R$ 200 (foto acima) --mas o aluguel seria isento ao longo de todo o primeiro ano de contrato, ficando para o locatário apenas os R$ 861 do condomínio e os R$ 148 de IPTU (R$ 1.009 no total).

Em outro, na Barra da Tijuca, o condomínio é R$ 800, o IPTU R$ 120, e o aluguel é a combinar, mas também sai zerado pelos primeiros dois anos em um contrato de dois anos e meio (foto abaixo). A carência é a contrapartida para que a empresa que ficar com ele faça as obras necessárias.

Com 27 metros quadrados, a unidade é uma das várias que estão disponíveis em um grande complexo empresarial recém-lançado na região. Ela ainda está do jeito que foi entregue pela construtora: sem piso, sem cobertura nos tetos e apenas o vaso e a pia no banheiro. Também há as entradas para a instalação do ar-condicionado, mas sem os equipamentos.

"Nos prédios novos, algumas empresas chegam até a dar carência total das contas no contrato, não cobram nem o IPTU nem o aluguel", disse Marcia Fonseca, diretora da Colliers para o Rio de Janeiro, consultoria especializada em mercado imobiliário corporativo e comercial. "São prédios que ainda estão totalmente vazios e querem trazer movimento, atrair os primeiros ocupantes."

Depois do boom, momentos 'especialmente amargos'
Segundo Marcia, há uma conjunção de fatores muito específicos do Rio e que fazem com que o mercado imobiliário corporativo, que sofreu no país inteiro com a recessão dos últimos anos, viva momentos especialmente amargos ali.

"O Rio passou por um boom imobiliário muito forte, principalmente durante a Copa do Mundo [2014] e as Olimpíadas [2016]; havia grandes perspectivas de crescimento, e muitas empresas sinalizavam investimentos", disse Marcia. "Havia muitos clientes, mas não existia prédio; o mercado foi e construiu", afirmou. Agora há muitos prédios, mas bem menos clientes.

(Portal Uol - Economia - Notícias - Redação - 04/08/2018)

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8 comentários:

  1. Estamos entrando na fase do desespero... proprietários de imóveis milionários que não vendem nem com 50% de desconto .

    Se preparem para a nova fase que será: ' O estouro da manada'.
    Todos vão querer vender e cada um mais barato que o outro , teremos num mesmo prédio imóveis com valores de 600.000 e o vizinho vendendo por 400.000 e um outro vendendo por 300.000...
    E por aí iremos não há nada o que fazer... nada pára essa boiada... nem o PT.
    PREPAREM

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    1. pra mim a manada estourou faz algum tempo

      Quando o verdadeiro proprietário, que é o Banco, aceita vender a garantia por 80% do valor de tabela e liquidar a dívida dos caloteiros, isso pra mim é a manada de proprietários reais correndo se livrar da buxa pra fazer Caixa.

      Acontece que 80% do mercado é da Caixa Economica, o que eles estão fazendo???
      - Renegociando dívida a juros maior e jogando a diferença no residual, que daqui 30 anos quando vencer o contrato de financiamento, o morador continuará devendo uma bola de neve gigante em parcelas atrasadas. Quer dizer, um jeito de empurrar o estouro pros próximos eleitos.

      Daqui 30 anos o PT ou algum outro demagogo volta com o mesmo discurso.

      Há 30 anos atrás foi assim com a quebra do BNH, pena que a maioria dos atuais mutuários não era nascido ou consciente pra saber o que houve na virada dos anos 70/80, tanto é que muitos querem a volta dos militares, como se eles já não tivessem feito igual o PT fez.

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    2. Isso ja esta acontecendo.... Tem um prédio aqui na região da Lapa/SP em que há mais de 20 apartamentos a venda... Os preços variam de 570.000 a 420.000... Apto de 57m2... Ainda ta caro!

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  2. O RJ é um Estado inviável atualmente.
    PIOR de tudo, as novas descobertas no présal são todas em SP, ou seja, no futuro eles terão nada.
    Que vivam do passado, todo dia tem bala perdida passando alguém

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  3. Duvido que vai ser assim. Acredito que o ajuste vai levar dois ou três anos.

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  4. Explosão total de todos os donos dos bolhudos..kkkkk...quem comprou por 20 milhoes não vende por 1 milhão...despesas se encarregam de falir o dono.nem leiloes adiantam mais...

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  5. Acabaram com a economia deste país.... os últimos governos mereciam serem todos presos! prisão perpétua!! É brincadeira a irresponsabilidade deles!!! Num egoismo sem limites, para se manter no poder o PT e outros partidos sacrificaram o povo brasileiro!!!!

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  6. Em alusão ao artigo, o Porto Maravilha no RJ quem pagou por ele?
    https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/04/1877953-zona-portuaria-do-rio-vive-no-financeiro.shtml

    Nós pagamos, nosso dinheiro do fundo de garantia dos trabalhadores de todo o Brasil

    São 5 bilhões em prejuízos ainda não reconhecidos pela Caixa, empurrando com a barriga, pra bomba cair na mão dos próximos eleitos, e quem sabe o salvador da pátria voltar daqui 30 anos, quando sair da cadeia, pra fazer tudo denovo.

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