Contribuição do leitor Eduardo Mazzini
"Nos prédios novos, algumas empresas chegam até a dar carência total das contas no contrato, não cobram nem o IPTU nem o aluguel", disse Marcia Fonseca, diretora da Colliers para o Rio de Janeiro, consultoria especializada em mercado imobiliário corporativo e comercial. "São prédios que ainda estão totalmente vazios e querem trazer movimento, atrair os primeiros ocupantes."
Quem procura um espaço para seu escritório ou para um consultório no Rio
de Janeiro pode encontrar boas surpresas. Em uma rápida busca por sites de
compra e venda de imóveis, é possível encontrar salas comerciais de 30 metros
quadrados, 70 metros quadrados e até andares inteiros em prédios corporativos
pedindo alugueis tão baratos quanto R$ 300, R$ 200 e, em vários deles, de
graça.
É o caso extremo dos anunciantes que oferecem seus contratos com carência,
isto é, o futuro inquilino ganha os primeiros meses de isenção no valor do
aluguel. E essas carências podem ser bem generosas: vão de três ou quatro meses
até um ou dois anos, ou seja, o período do contrato (geralmente de 12 a 30
meses) praticamente inteiro.
"Há vários casos em que isso aconteceu, principalmente nas locações
comerciais, em que o volume de unidades disponíveis é bem superior ao da
demanda", afirmou Giovani Oliveira, gerente de locação e vendas da
imobiliária carioca Apsa.
"O proprietário faz locações fechadas com uma isenção no aluguel, e o
inquilino assume apenas o pagamento dos custos fixos, que incluem o condomínio
e o IPTU [Imposto Predial Territorial Urbano]", disse Oliveira.
Para imóveis que estão chegando a ficar mais de um ano vazios, é uma
maneira de os proprietários, geralmente empresas e fundos de investimento,
reduzirem as perdas com essas contas, pelo menos. "Imóvel parado é gasto
para o dono", afirmou o gerente da Apsa.
Palco de um dos maiores booms imobiliários do país poucos anos atrás, o
Rio é hoje também epicentro de um desequilíbrio econômico profundo. Com o
interesse por novos investimentos e negócios locais minguando, a crise atingiu
em cheio o mercado imobiliário empresarial, e o resultado são pechinchas como
essas.
O centro, tradicional zona comercial da cidade, e regiões que ganharam
muitos complexos empresariais nos últimos anos, como a Barra da Tijuca e o
Porto Maravilha, estão entre as principais áreas onde a pratica do aluguel zero
se tornou comum.
Ela é mais comum para os escritórios localizados em edifícios novos, que, recém-entregues,
ainda demandam obras de acabamento de quem vier a ser o primeiro inquilino,
como revestimento de pisos, instalações elétricas e sistemas de
ar-condicionado, por exemplo. Quem topar assumir as obras ganha o aluguel
grátis.
Edifícios mais antigos e já consolidados, porém, também têm suas ofertas.
Uma consulta feita pelo UOL, por exemplo, encontrou uma sala comercial de 30
metros quadrados em um edifício no centro antigo do Rio, próximo à estação de
metrô Uruguaiana, com aluguel de R$ 200 (foto acima) --mas o aluguel seria
isento ao longo de todo o primeiro ano de contrato, ficando para o locatário
apenas os R$ 861 do condomínio e os R$ 148 de IPTU (R$ 1.009 no total).
Em outro, na Barra da Tijuca, o condomínio é R$ 800, o IPTU R$ 120, e o aluguel
é a combinar, mas também sai zerado pelos primeiros dois anos em um contrato de
dois anos e meio (foto abaixo). A carência é a contrapartida para que a empresa
que ficar com ele faça as obras necessárias.
Com 27 metros quadrados, a unidade é uma das várias que estão disponíveis
em um grande complexo empresarial recém-lançado na região. Ela ainda está do
jeito que foi entregue pela construtora: sem piso, sem cobertura nos tetos e
apenas o vaso e a pia no banheiro. Também há as entradas para a instalação do
ar-condicionado, mas sem os equipamentos.
"Nos prédios novos, algumas empresas chegam até a dar carência total
das contas no contrato, não cobram nem o IPTU nem o aluguel", disse Marcia
Fonseca, diretora da Colliers para o Rio de Janeiro, consultoria especializada
em mercado imobiliário corporativo e comercial. "São prédios que ainda
estão totalmente vazios e querem trazer movimento, atrair os primeiros
ocupantes."
Depois do boom, momentos 'especialmente amargos'
Segundo Marcia, há uma conjunção de fatores muito específicos do Rio e que
fazem com que o mercado imobiliário corporativo, que sofreu no país inteiro com
a recessão dos últimos anos, viva momentos especialmente amargos ali.
"O Rio passou por um boom imobiliário muito forte, principalmente
durante a Copa do Mundo [2014] e as Olimpíadas [2016]; havia grandes
perspectivas de crescimento, e muitas empresas sinalizavam investimentos",
disse Marcia. "Havia muitos clientes, mas não existia prédio; o mercado
foi e construiu", afirmou. Agora há muitos prédios, mas bem menos
clientes.
(Portal Uol - Economia - Notícias - Redação - 04/08/2018)
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Estamos entrando na fase do desespero... proprietários de imóveis milionários que não vendem nem com 50% de desconto .
ResponderExcluirSe preparem para a nova fase que será: ' O estouro da manada'.
Todos vão querer vender e cada um mais barato que o outro , teremos num mesmo prédio imóveis com valores de 600.000 e o vizinho vendendo por 400.000 e um outro vendendo por 300.000...
E por aí iremos não há nada o que fazer... nada pára essa boiada... nem o PT.
PREPAREM
pra mim a manada estourou faz algum tempo
ExcluirQuando o verdadeiro proprietário, que é o Banco, aceita vender a garantia por 80% do valor de tabela e liquidar a dívida dos caloteiros, isso pra mim é a manada de proprietários reais correndo se livrar da buxa pra fazer Caixa.
Acontece que 80% do mercado é da Caixa Economica, o que eles estão fazendo???
- Renegociando dívida a juros maior e jogando a diferença no residual, que daqui 30 anos quando vencer o contrato de financiamento, o morador continuará devendo uma bola de neve gigante em parcelas atrasadas. Quer dizer, um jeito de empurrar o estouro pros próximos eleitos.
Daqui 30 anos o PT ou algum outro demagogo volta com o mesmo discurso.
Há 30 anos atrás foi assim com a quebra do BNH, pena que a maioria dos atuais mutuários não era nascido ou consciente pra saber o que houve na virada dos anos 70/80, tanto é que muitos querem a volta dos militares, como se eles já não tivessem feito igual o PT fez.
Isso ja esta acontecendo.... Tem um prédio aqui na região da Lapa/SP em que há mais de 20 apartamentos a venda... Os preços variam de 570.000 a 420.000... Apto de 57m2... Ainda ta caro!
ExcluirO RJ é um Estado inviável atualmente.
ResponderExcluirPIOR de tudo, as novas descobertas no présal são todas em SP, ou seja, no futuro eles terão nada.
Que vivam do passado, todo dia tem bala perdida passando alguém
Duvido que vai ser assim. Acredito que o ajuste vai levar dois ou três anos.
ResponderExcluirExplosão total de todos os donos dos bolhudos..kkkkk...quem comprou por 20 milhoes não vende por 1 milhão...despesas se encarregam de falir o dono.nem leiloes adiantam mais...
ResponderExcluirAcabaram com a economia deste país.... os últimos governos mereciam serem todos presos! prisão perpétua!! É brincadeira a irresponsabilidade deles!!! Num egoismo sem limites, para se manter no poder o PT e outros partidos sacrificaram o povo brasileiro!!!!
ResponderExcluirEm alusão ao artigo, o Porto Maravilha no RJ quem pagou por ele?
ResponderExcluirhttps://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/04/1877953-zona-portuaria-do-rio-vive-no-financeiro.shtml
Nós pagamos, nosso dinheiro do fundo de garantia dos trabalhadores de todo o Brasil
São 5 bilhões em prejuízos ainda não reconhecidos pela Caixa, empurrando com a barriga, pra bomba cair na mão dos próximos eleitos, e quem sabe o salvador da pátria voltar daqui 30 anos, quando sair da cadeia, pra fazer tudo denovo.