Total de acessos

Teste

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O Globo: Com queda de 6,7% no preço dos aluguéis, mercado imobiliário de Niterói amarga prejuízos


A redução de preços, contudo, não vem se refletindo em aumento considerável na procura por imóveis, tanto para aluguel quanto para compra. É o que afirma o vice-presidente do Sindicato da Habitação Rio (SecoviRio), Leonardo Schneider

No cenário de incerteza provocado pela frágil situação econômica da construção civil, o mercado imobiliário permanece em declínio. Segundo o indicador Fipezap, que avalia os valores para locação em 15 municípios de 11 diferentes estados, o valor médio para se alugar um imóvel em Niterói caiu 6,7% entre setembro de 2017 e agosto de 2018. No levantamento, a cidade aparece com a maior desvalorização do país.

A redução de preços, contudo, não vem se refletindo em aumento considerável na procura por imóveis, tanto para aluguel quanto para compra. É o que afirma o vice-presidente do Sindicato da Habitação Rio (SecoviRio), Leonardo Schneider:

— Observamos em Niterói a continuidade de uma baixa procura por imóveis residenciais, assim como no Rio. No caso das locações, os proprietários estão demorando para conseguir conquistar inquilinos e, consequentemente, voltam a oferecer seus imóveis por valores similares aos praticados em 2011 e 2012, para evitar prejuízos. No caso das vendas, os índices deste primeiro semestre foram ligeiramente superiores aos do ano passado, o que nos dá uma esperança de que a tão esperada retomada do setor ocorra ainda nos próximos dois anos— avalia.

Redução de 35%
O caso da geógrafa Christina Roale Casanova, proprietária de uma loja em Icaraí, sustenta a avaliação de Schneider. Há mais de seis meses, seu imóvel está vazio, apesar da redução de 35% no valor do aluguel.

— Em Niterói, o aluguel despencou, pois a cidade é muito perigosa e tem IPTU altíssimo. Comecei tentando alugar o imóvel a R$ 2 mil. Depois baixei para R$ 1.600, e agora, para R$ 1.300. Mesmo assim, não há procura — diz.

Na tentativa de reaquecer o mercado, proprietários estão aderindo a novas estratégias e iniciativas para acelerar a locação de seus imóveis. Uma delas é a criação de aplicativos de internet que reduzam a burocracia para o aluguel de residências, como o Quinto Andar, que acaba de chegar a Niterói. O aplicativo, que atua em outras 14 cidades brasileiras, conecta diretamente inquilinos e proprietários de forma mais prática e direta. Por ser formado por empresas do setor, dispensa a figura do fiador e o seguro-fiança.

Em menos de três semanas na cidade, a plataforma já está intermediando 27 imóveis em oito diferentes bairros: Centro, Charitas, Fonseca, Icaraí, Ingá, Santa Rosa, São Domingos e São Francisco.

A garantia do cumprimento da quitação dos alugueis é possível graças a um compromisso contratual, em que o próprio aplicativo se responsabiliza pelo pagamento no caso de um eventual atraso do inquilino. Em contrapartida, o valor do primeiro aluguel é repassado ao Quinto Andar, que também arrecada uma taxa de 8% pela locação nos meses subsequentes.

Apesar da inovação, há ainda quem consiga alugar um imóvel pelos meios convencionais e saia satisfeito. É o caso da professora Raphaela Bel Pino que, em março deste ano, se mudou de Icaraí para o Centro. Ela afirma não ter enfrentado dificuldades para encontrar o imóvel nos moldes que queria e a um bom preço:

— Até fevereiro, meu marido morava em São Gonçalo, e eu em Icaraí. Decidimos morar juntos e encontramos, em poucas semanas, um imóvel a um ótimo custo. Acho que foi uma combinação de sorte com o fato de que, há alguns anos, os aluguéis estavam bem altos, o que vem se revertendo — conclui.

Situação preocupante
Em Niterói, a construção civil permanece sentindo a crise econômica e demitindo: 2.200 vagas de trabalho foram fechadas entre setembro de 2017 e agosto deste ano. O preço médio dos imóveis à venda acumula uma queda de 3,3% nos últimos 12 meses, levando Niterói à terceira posição do ranking nacional, que integra 25 cidades de dez diferentes estados. Neste levantamento, o município fica atrás apenas do Rio de Janeiro, com 4,2%, e de São Vicente (SP), que concentra uma desvalorização de 6,1% no período.

Desde janeiro de 2015, entretanto, os números são ainda mais preocupantes para o setor, acumulando um saldo de 8.472 vagas fechadas em Niterói.

(O Globo - Rio - Bairros - 08/09/2018)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

4 comentários:

  1. Queda de 6% é piada
    Essa médias calculadas em indices fingezap elas servem pra nada que não seja iludir o proprietário e fazer ele continuar pagando as parcelinhas achando que pagar divida é investir.
    São calculos pra lá de distorcidos, uma matemáGica das boas envolvendo médias móveis e outras manobras estatísticas com nomes herméticos pra dar ar de seriedade, vcs viram outro dia o Joázoinho que se diz da Poli, negando tudo o que defendeu por 10 anos, admitindo que houve bolha, mas ato continuo, dizendo que já passou, que é hora de comprar, afinal ele tem que agradar os patrocinadores

    Saindo do mundo da matemaGica
    Os casos da vida real é como o da matéria, desconto de 35% e ainda assim não aluga, a oferta mingua

    E digo mais, de 2 anos pra cá o IBGE vem identificando perda de população em cidades, a Grande Brasilia por exemplo perdeu 65 mil habitantes do ano passado pra cá, se vc coloca 3 pessoas por lar, são mais de 10 mil imoveis devolvidos ao mercado imob. O fenomeno de Depopulação casa bem com cidades em colapso: BsB, Rio-Niteroi, Caracas na Venezuela.

    ResponderExcluir
  2. Esses aplicativos de celular para aluguel vão fazer com os corvos o que o UBER fez com os taxistas.
    SE o governo não os proteger, em breve serão raça extinta, junto com os datilógrafos e os dinossauros

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O novo habitat-puleiro dos corvos sera na "Roça"...comendo "Kirela de milho"...kkkk...Bad situation....

      Excluir
  3. Tá falta o numero 4 aí nesse índice ou seja 46,7%...kkkk...

    ResponderExcluir