A redução de preços, contudo, não vem se refletindo em aumento considerável na procura por imóveis, tanto para aluguel quanto para compra. É o que afirma o vice-presidente do Sindicato da Habitação Rio (SecoviRio), Leonardo Schneider
No cenário de incerteza provocado pela frágil situação econômica da
construção civil, o mercado imobiliário permanece em declínio. Segundo o
indicador Fipezap, que avalia os valores para locação em 15 municípios de 11
diferentes estados, o valor médio para se alugar um imóvel em Niterói caiu 6,7%
entre setembro de 2017 e agosto de 2018. No levantamento, a cidade aparece com
a maior desvalorização do país.
A redução de preços, contudo, não vem se refletindo em aumento
considerável na procura por imóveis, tanto para aluguel quanto para compra. É o
que afirma o vice-presidente do Sindicato da Habitação Rio (SecoviRio),
Leonardo Schneider:
— Observamos em Niterói a continuidade de uma baixa procura por imóveis
residenciais, assim como no Rio. No caso das locações, os proprietários estão
demorando para conseguir conquistar inquilinos e, consequentemente, voltam a
oferecer seus imóveis por valores similares aos praticados em 2011 e 2012, para
evitar prejuízos. No caso das vendas, os índices deste primeiro semestre foram
ligeiramente superiores aos do ano passado, o que nos dá uma esperança de que a
tão esperada retomada do setor ocorra ainda nos próximos dois anos— avalia.
Redução de 35%
O caso da geógrafa Christina Roale Casanova, proprietária de uma loja em
Icaraí, sustenta a avaliação de Schneider. Há mais de seis meses, seu imóvel
está vazio, apesar da redução de 35% no valor do aluguel.
— Em Niterói, o aluguel despencou, pois a cidade é muito perigosa e tem
IPTU altíssimo. Comecei tentando alugar o imóvel a R$ 2 mil. Depois baixei para
R$ 1.600, e agora, para R$ 1.300. Mesmo assim, não há procura — diz.
Na tentativa de reaquecer o mercado, proprietários estão aderindo a novas
estratégias e iniciativas para acelerar a locação de seus imóveis. Uma delas é
a criação de aplicativos de internet que reduzam a burocracia para o aluguel de
residências, como o Quinto Andar, que acaba de chegar a Niterói. O aplicativo,
que atua em outras 14 cidades brasileiras, conecta diretamente inquilinos e
proprietários de forma mais prática e direta. Por ser formado por empresas do
setor, dispensa a figura do fiador e o seguro-fiança.
Em menos de três semanas na cidade, a plataforma já está intermediando 27
imóveis em oito diferentes bairros: Centro, Charitas, Fonseca, Icaraí, Ingá,
Santa Rosa, São Domingos e São Francisco.
A garantia do cumprimento da quitação dos alugueis é possível graças a um
compromisso contratual, em que o próprio aplicativo se responsabiliza pelo
pagamento no caso de um eventual atraso do inquilino. Em contrapartida, o valor
do primeiro aluguel é repassado ao Quinto Andar, que também arrecada uma taxa
de 8% pela locação nos meses subsequentes.
Apesar da inovação, há ainda quem consiga alugar um imóvel pelos meios
convencionais e saia satisfeito. É o caso da professora Raphaela Bel Pino que,
em março deste ano, se mudou de Icaraí para o Centro. Ela afirma não ter
enfrentado dificuldades para encontrar o imóvel nos moldes que queria e a um
bom preço:
— Até fevereiro, meu marido morava em São Gonçalo, e eu em Icaraí.
Decidimos morar juntos e encontramos, em poucas semanas, um imóvel a um ótimo
custo. Acho que foi uma combinação de sorte com o fato de que, há alguns anos,
os aluguéis estavam bem altos, o que vem se revertendo — conclui.
Situação preocupante
Em Niterói, a construção civil permanece sentindo a crise econômica e
demitindo: 2.200 vagas de trabalho foram fechadas entre setembro de 2017 e
agosto deste ano. O preço médio dos imóveis à venda acumula uma queda de 3,3%
nos últimos 12 meses, levando Niterói à terceira posição do ranking nacional,
que integra 25 cidades de dez diferentes estados. Neste levantamento, o
município fica atrás apenas do Rio de Janeiro, com 4,2%, e de São Vicente (SP),
que concentra uma desvalorização de 6,1% no período.
Desde janeiro de 2015, entretanto, os números são ainda mais preocupantes
para o setor, acumulando um saldo de 8.472 vagas fechadas em Niterói.
(O Globo - Rio - Bairros - 08/09/2018)
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Queda de 6% é piada
ResponderExcluirEssa médias calculadas em indices fingezap elas servem pra nada que não seja iludir o proprietário e fazer ele continuar pagando as parcelinhas achando que pagar divida é investir.
São calculos pra lá de distorcidos, uma matemáGica das boas envolvendo médias móveis e outras manobras estatísticas com nomes herméticos pra dar ar de seriedade, vcs viram outro dia o Joázoinho que se diz da Poli, negando tudo o que defendeu por 10 anos, admitindo que houve bolha, mas ato continuo, dizendo que já passou, que é hora de comprar, afinal ele tem que agradar os patrocinadores
Saindo do mundo da matemaGica
Os casos da vida real é como o da matéria, desconto de 35% e ainda assim não aluga, a oferta mingua
E digo mais, de 2 anos pra cá o IBGE vem identificando perda de população em cidades, a Grande Brasilia por exemplo perdeu 65 mil habitantes do ano passado pra cá, se vc coloca 3 pessoas por lar, são mais de 10 mil imoveis devolvidos ao mercado imob. O fenomeno de Depopulação casa bem com cidades em colapso: BsB, Rio-Niteroi, Caracas na Venezuela.
Esses aplicativos de celular para aluguel vão fazer com os corvos o que o UBER fez com os taxistas.
ResponderExcluirSE o governo não os proteger, em breve serão raça extinta, junto com os datilógrafos e os dinossauros
O novo habitat-puleiro dos corvos sera na "Roça"...comendo "Kirela de milho"...kkkk...Bad situation....
ExcluirTá falta o numero 4 aí nesse índice ou seja 46,7%...kkkk...
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