Nas contas desses analistas, houve queda na
produção de insumos típicos da construção civil, que conta como investimento no
PIB.
De acordo com Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, se
esse ramo de atividade tivesse ficado estável, a Formação Bruta de Capital Fixo
(FBCF) poderia ter registrado uma alta de até 0,3 ponto porcentual superior à
expectativa do banco, que era de avanço de 0,9% no segundo trimestre. Para
Bicalho, a construção civil acompanhou a desaceleração da economia, com redução
de vendas e lançamentos no setor imobiliário.
Em julho, a Sondagem da Construção elaborada pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) continuou a mostrar desaceleração do setor. Pelo terceiro mês
consecutivo, a atividade na construção civil ficou abaixo do usual, ao marcar
45,5 pontos, nível inferior à linha divisória de 50 pontos. Abaixo desse patamar,
a indicação é de desaquecimento.
O Índice de Confiança da Construção Civil, medido
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou a mesma trajetória. No trimestre
encerrado em julho, a confiança do setor recuou 9,9% em relação a igual período
do ano passado. A coordenadora da sondagem, Ana Maria Castelo, ressalta que nos
últimos dois meses a deterioração das expectativas com os próximos meses também
ficou mais intensa. No trimestre encerrado em junho, a queda foi de 8,6% em
relação a igual período do ano anterior. O recuo se aprofundou nos três meses
encerrados em julho, para queda de 9,2% ante 2011.
As edificações, diz, parecem passar pelo fim de um
ciclo de expansão. "No emprego, percebemos que as contratações
concentram-se em funções como acabamento", afirma ela. Em áreas como a
preparação de terreno, por exemplo, a queda é acentuada, sugerindo que
as expectativas com novos empreendimentos estão em baixa. "Isso significa
ritmo menor de início de obras, e junta-se a isso o fato de que os
investimentos das empresas estão em marcha lenta, o que também afeta
expectativas."
Recentemente, o Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) reduziu novamente a estimativa para o
crescimento do setor neste ano, segundo Sergio Watanabe, presidente do sindicato. A revisão da
projeção de expansão do setor, segundo a entidade, ocorreu por causa do ritmo
menor de atividade econômica do país e também em decorrência da desaceleração
da criação de empregos pela construção civil.
Por causa da redução dos lançamentos, Octávio de
Barros, diretor do Departamento de Pesquisa e Análise Econômica do Bradesco,
afirma que esse ramo de atividade será um obstáculo para crescimento também no próximo ano, já que tende a afetar a construção residencial de forma mais pronunciada
em 2013.
(Valor Econômico - São Paulo/SP -
BRASIL - 31/08/2012 - Pág. A4)
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Em paralelo a busca pelo assunto "BOLHA IMOBILIÁRIA" tem crescido no GOOGLE. Pq será ???
ResponderExcluirMuito interessante, vejam o gráfico google trends:
http://www.google.com.br/trends/?q=bolha+imobiliaria&ctab=0&geo=br&geor=all&date=all&sort=0
Materia na folha deste domingo. O aluguel está hoje rendendo menos do que renda fixa . Uma analise fundamentalista do mercado imobiliário indicaria um péssimo P/L (preço/Lucro sendo lucro=aluguel). Ou seja, os imoveis aos preços atuais já não são bom negocio, portanto a tendencia é de que investidores deixem de comprar e comecem a vender.
ResponderExcluirhttp://m.folha.uol.com.br/mercado/1150912-professor-da-fgv-responde-as-questoes-dos-leitores-na-coluna-bussola.html
Note que por exemplo o Banco Do Brasil está vendendo todos seus imoveis (na forma de um fundo de ações). Ou seja, vendendo seus ativos na alta. Ninguem conhece melhor a realidade do mercado imobiliario do que o BB e a Caixa.
ResponderExcluirhttp://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/bb-lanca-fundo-que-abre-investimento-em-imoveis-do-banco
COMPRADORES NÃO CONSEGUEM APROVAR FINANCIAMENTOS E TENDA CANCELA CONSTRUÇÃO DE 12.000 IMOVEIS
ResponderExcluirA expectativa do mercado é de que a Tenda, comprada pela incorporadora Gafisa em 2008 para atender os consumidores de baixa renda, cancele a construção de aproximadamente 12.000 imóveis. Isso porque a empresa, depois de ter pré-aprovado o crédito de muitos compradores, que contratariam mútuos habitacionais para quitar os imóveis, acabou verificando que seus clientes seriam incapazes de tomar os financiamentos. A direção da Gafisa, cuja estabilidade acabou comprometida, admite que ainda desconhece toda a extensão do problema.
http://www.forumimobiliario.com.br/2012/09/cartorios-eletronicos-outras-notas/
Ótima matéria!
ResponderExcluirAproveito para falar sobre o site de classificados de imóveis gratuito mais completo da web.
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